Atuação de fonoaudiólogos em centros de convivência e cooperativa: trajetórias e desafios de formação profissional

• Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Gomes da
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27873
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FONOAUDIOLOGIA; CECCO; Fonoaudiologia; Saúde mental; Saúde pública

A Fonoaudiologia tem ampliado sua atuação no campo da saúde pública a partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo na atenção em seus diferentes níveis e em seus vários cenários de trabalho. Especificamente em relação à saúde mental os fonoaudiólogos têm de modo crescente integrado equipes de trabalho de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e de Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO), pontos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esses serviços, tal como em outros cenários do SUS, adotam paradigmas, que desafiam a formação acadêmica dos profissionais. Objetivo: o estudo busca conhecer a trajetória de formação e a atuação profissional de fonoaudiólogos em Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO) com o objetivo de fornecer subsídios à proposta de formação profissional segundo as necessidades do SUS, conforme propõe as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Fonoaudiologia. Método:por meio de entrevista semi-dirigida foram entrevistados 8 fonoaudiólogos com experiência ou vínculo com CECCO na cidade de São Paulo. A entrevista foi gravada e transcrita para análise de conteúdo de modo a abranger cinco pólos cronológicos: a pré análise, a exploração do material, o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação (BARDIN 1977¹). Resultados: participaram da pesquisa 8 fonoaudiólogas, a maioria formou -se na década de 80, ingressou no serviço público entre 1985 a 2009 . O tempo de atuação em CECCO, variou entre 1 ano e 6 meses a 17 anos. (50%) são egressos da PUC-SP, 25% da UNIFESP e os outros (25%) da USP, (75%) tem formação em lato sensu, (25%)em stricto sensu e (75%) refere formação em educação permanente. A principais ações mencionadas foram oficinas e práticas Integrativas e complementares em saúde (PICS). Destacam como principais mudanças em suas práticas profissionais a concepção ampliada de saúde, o trabalho em equipe interdisciplinar e o uso de conhecimentos específicos Fonoaudiologia no desenvolvimento de atividades. Consideram que na formação profissional os estudantes devem ter conhecimentos sobre a Política Públicas de Atenção Psicossocial e desenvolver competência para utilizar recursos da cultura, arte, esporte e saúde para a promoção da saúde, inclusão social, socialização dos usuários, além saber desenvolver trabalho na rede de saúde e em redes intersetoriais.Conclusão: Os cursos de graduação devem desenvolver a competência e habilidades de seus alunos de modo que estes saibam ativar experiências produtoras de vida que 8 não estejam necessariamente restritas ao fazer clínico especifico de sua área, mas que este saber possa dialogar com outras atividades que extrapolam as fronteiras da saúde