A dinâmica da relação feminino-masculino na trajetória de Sherazade na obra das Mil e Uma Noites

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mehero, Luciana Atallah
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29228
Resumo: A obra das Mil e Uma Noites representa um conjunto de contos populares, histórias e fábulas acumuladas do século IX ao XVIII. A obra foi elaborada por centenas de indivíduos, traduzida em dezenas de idiomas, sendo conhecida mundialmente. Os contos ressoam por séculos devido à sua temática universal, sendo uma expressão dos processos psíquicos do inconsciente coletivo. Este trabalho analisou, por meio do processamento simbólico, a dinâmica da relação feminino-masculino na trajetória de Sherazade e a representação de sua imagem arquetípica na atualidade. O contexto inicial da obra é completamente masculino indicando a unilateralização da consciência coletiva. Ao longo da história o feminino aparece sendo associado à imprevisibilidade, perversidade e deslealdade. Assustado com o poder do feminino e com a impossibilidade de contê-lo, o rei Shariar decide eliminá-lo se casando todas as noites com uma mulher e matando-a ao amanhecer. A partir do momento em que Shariar é dominado pela indiscriminação e inconsciência ele pode ser visto como a manifestação do animus negativo de Sherazade. Sherazade heroicamente e sedutoramente, demonstrando uma mistura de Atena com Afrodite, reestabelece o funcionamento sadio do reino. A obra das Mil e Uma Noites trata de uma história de redenção mútua em que a partir do relacionamento com Sherazade o rei é transformado e ela se transforma. Deste modo, o contexto inicial da história, completamente masculino, é compensado. No final Duniazade, irmã de Sherazade, se casa com Shazanan, irmão de Shariar, formando um quatêrnio e simbolizando a completude: os quatro passam a viver inseparáveis
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