Da medicalização à autonomia: contribuições e desafios da GAM na reforma psiquiátrica brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41886 |
Resumo: | Nos últimos 10 anos, houve um aumento expressivo na utilização de medicamentos, fenômeno considerado abusivo e indiscriminado, associado à maior incidência de diagnósticos de transtornos mentais, à entrada de novos medicamentos no mercado e ao surgimento de novas aplicações terapêuticas (Rosa e Escorcio, 2021). A medicalização, fundamentada numa lógica biologizante e reducionista, contrasta com a importância da autonomia no cuidado em saúde mental, especialmente no contexto das reformas psiquiátricas brasileiras que visam um atendimento mais humanizado. A autonomia é crucial, permitindo que as pessoas façam escolhas informadas sobre seu tratamento, integrando família e comunidade na cogestão. A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) promove essa autonomia, incentivando a participação ativa dos pacientes na gestão de sua medicação. Este estudo revisou bibliograficamente artigos publicados entre 2014 e 2024 sobre a implementação prática da GAM em serviços de saúde mental no Brasil. Após buscas nas bases SciELO-Brasil, BVSalud e Observatório GAM, foram selecionados 6 artigos relevantes. Os resultados indicam que a GAM trouxe ampliação da autonomia, manejo cogestivo, inclusão familiar, valorização das experiências dos usuários, fortalecimento da rede de apoio e reconhecimento dos direitos dos usuários. Os desafios incluem a hegemonia da racionalidade biomédica e a patologização da infância, com ênfase no tratamento medicamentoso. A GAM contribui para a reforma psiquiátrica ao promover uma reflexão crítica sobre a medicalização e incentivar um cuidado mais participativo, escutando e incorporando as vozes dos usuários no processo de decisão |
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