Metanoia - um mergulho no desconhecido: uma pesquisa qualitativa com mulheres no meio da vida

• Autor(a) principal: Armando, Márcia Ziroldo Rocha
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31642
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Metanoia; Mulher; Meia-idade; Transformação; Desafios

O presente estudo tem como objetivo principal investigar, sob a ótica do referencial teórico da Psicologia Analítica, como mulheres entre os 40 e 55 anos de idade, na meia-idade, enfrentam e compreendem as transformações que ocorrem nesta fase. Bem como observar se o que as mulheres vivenciam se aproxima do que Jung chama de metanoia. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi empregado o método qualitativo, tendo como participantes deste estudo quatro mulheres que se encontravam na idade acima descrita. O procedimento adotado foi a entrevista semidirigida, com roteiro previamente construído. Os resultados da pesquisa apontam para a compreensão de que a metanoia pode ser deflagrada por diferentes situações, mas que tem em comum o fato de envolver carga emocional intensa, desencadeando um quadro sintomático, composto por angústia, confusão mental, diminuição da auto-estima, levando a um estado regressivo e introvertido da libido. Observamos que neste período portas são abertas para a reflexão sobre novos caminhos permitindo acrescentar descobertas que proporcionam uma realização pessoal e uma busca de si mesmo. Cada mulher tem que refletir a respeito da importância deste momento em sua vida, a fim de proporcionar um espaço para novas conquistas. Percebemos também que as mulheres acreditam na existência de algo Divino, que transcende. Essa tomada de consciência, de alteridade, passa a contribuir na busca da própria essência. Neste sentido podemos imaginar que elas têm uma visão do outro diferente de si mesma. Constatamos que a metanoia depende menos da idade que da experiência de vida e do desejo de mudanças. Tal processo conduz ao caminho da individuação, como afirmou Jung em sua obra