Perfil sociodemográfico e avaliação da qualidade de vida, desconforto corporal e incapacidade física em manicures

• Autor(a) principal: Oliveira, Pamela da Silva
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28434
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; Qualidade de vida; Saúde do trabalhador; Riscos ocupacionais; Centro de embelezamento e estética

Introdução: O trabalho é uma atividade desenvolvida pelo homem com o objetivo de produzir riqueza. Entretanto, mudanças na produção do trabalho o transformaram em atividade monótona, repetitiva e com jornadas excessivas. No Brasil, na década de 90, houve um aprofundamento da informalização do trabalho. As manicures, muitas vezes profissionais informais, também estão expostas a longas jornadas de trabalho, adoção de posturas desconfortáveis e rendimentos irregulares, fatores que podem influenciar sua qualidade de vida. Objetivo: Verificar o desconforto corporal, o perfil sócio-demográfico, a qualidade de vida e incapacidade física em manicures. Metodologia: Participaram do estudo 100 manicures submetidas a questionários sociodemográfico, de qualidade de vida (SF-36), de incapacidade Roland Morris (QIRM) e ao mapa de desconforto corporal. Para estudo dos dados, foram utilizados instrumentos de análise estatística descritiva e o coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Resultados: As manicures possuem em média 35,0±9,5 anos, tempo de profissão de 13,5±8,9 anos, carga horária de 9,4±2,1horas e recebem em média 1,3±0,6 salários mínimos. Apresentaram menor score nos domínios vitalidade (57,6 ±22,2) e dor (60,5 ±24,1) e a costa inferior é o local de maior desconforto (54%). Demonstram baixa incapacidade física (5,2±5,1). Houve correlação significativa entre costas inferior e QIRM (p=0,0005), escolaridade e renda (p=0,0407), auxílio médico relacionado ao trabalho e dor (p=0,0003). Conclusão: As manicures apresentaram baixa remuneração e longas jornadas laborais, além de dor em diversos segmentos corporais, prejuízo na vitalidade. Todos esses fatores podem contribuir para o desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas