Multiculturalismo e educação: uma proposta de gestão multicultural
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18508 |
Resumo: | Este trabalho trata da relação entre multiculturalismo e miscigenação no debate educacional brasileiro. A formação social brasileira foi composta sob a influência de múltiplas culturas e misturas ao longo dos tempos e, apesar disso, a miscigenação vem lutando para sobreviver frente a sua negação efetuada pelos sistemas educacionais implantados no Brasil. A história brasileira nega a sua miscigenação impondo uma única cultura: a Européia trazida pelos Jesuítas, no período de colonização, e a aculturação via instrução formal. Por esse motivo, historicamente no Brasil, o movimento cultural enfrentou discrepâncias de posições nos debates sobre a formação social brasileira e sua miscigenação. Se observarmos o debate social no Brasil encontraremos tendências que negaram a miscigenação biológica e cultural, ou seja, negaram um fenômeno social, econômico, ideológico e político. Problematizar as causas e as conseqüências da imposição de uma cultura branca e européia, no processo educacional brasileiro, é importante no sentido de se elaborar uma consciência cujo objetivo é propor mudanças ou criar mecanismos de correção deste problema. Da década de 1990 para cá, o ambiente educacional tem se contagiado com um conjunto de idéias designadas multiculturalista que pretende, no Brasil, chamar a atenção para a negação histórica das contribuições da cultura negra e indígena. Todavia, observamos a existência de dois posicionamentos antagônicos sobre multiculturalismo: um que vem se desenvolvendo pela via da negação da formação social miscigenada e outro que se constrói pela visão simplista da somatória de culturas. Analisar essas tendências que atuam nos cenário da educação inclusiva é trabalhar com a questão da inclusão envolvendo o debate teórico sobre o multiculturalismo e ver como este atinge a formação dos professores e a própria escola. O papel do professor neste contexto das discussões multiculturalista e de inclusão social é imprescindível, uma vez que este se desdobra nas relações de trabalho estabelecidas em sala de aula, possibilitando com o aluno e sua identidade cultural um trabalho harmonioso. Há de se notar que grande parte dos problemas de auto-estima é resultado das distorções causadas pelas questões raciais e sociais visto que ao se defrontar com situações onde sua identidade é questionada este aluno miscigenado tem comportamento diverso em decorrência de sua falta de auto-reconhecimento como negro/índio/branco e, em sua maioria, passando assim a adotar culturas, tradições e costumes diferentes dos das suas origens. Este trabalho tem por objetivo identificar quais as implicações do debate multiculturalista e do processo de miscigenação e seus possíveis desdobramentos na escola |
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