Complexos culturais e dispositivo necropolítico na fronteira EUA-México: impactos sobre crianças e adolescentes imigrantes originários de El Salvador, Guatemala e Honduras

• Autor(a) principal: Molina, Ana Carolina Segolin
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26305
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Psicologia junguiana; Complexos culturais; Fronteira EUA-México

A presença de um muro na fronteira entre os Estados Unidos da América e o México representa apenas um exemplo entre todo um conjunto de práticas políticas que objetivam a exclusão e a morte de pessoas imigrantes provenientes de El Salvador, Guatemala e Honduras. Há um dispositivo necropolítico operado pelos EUA, e a população estadunidense participa continuamente de sua produção e de sua manutenção, uma vez que desconhece ou não reconhece os efeitos destrutivos de complexos culturais que carrega e não assume a sua responsabilidade em promover o sofrimento de crianças e de adolescentes centroamericanos que vivem em seus países de origem ou que foram forçados a escolherem novos lugares em que existir. O presente trabalho utilizou como referencial teórico a Psicologia Analítica (Junguiana) e foi conduzido a partir da análise de dados de documentos oficiais, informações noticiadas através de veículos de comunicação, estatísticas disponibilizadas por organizações competentes e trabalhos acadêmicos e teóricos. Concluiu-se que há uma percepção de adolescentes de que a morte os acompanha durante seu percurso rumo aos EUA e de que as suas vidas não são uma prioridade para os agentes de patrulhamento da fronteira; e que um dos possíveis efeitos das práticas necropolíticas é a traumatização precoce de crianças desacompanhadas ou separadas de suas famílias, que se encontram em centros de detenção ou em abrigos