O lugar simbólico da criança e do adolescente no programa de apadrinhamento afetivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26322 |
Resumo: | O apadrinhamento afetivo é uma estratégia voltada a crianças e adolescentes institucionalizados ou em acolhimento familiar, cuja reinserção familiar ou inserção em família substituta são remotas, que visa contribuir com o desenvolvimento integral desses jovens e garantir o direito à convivência familiar e comunitária através da manutenção de vínculos afetivos e duradouros com padrinhos e madrinhas voluntárias. Orientado pelo método psicanalítico de investigação de fenômenos políticos, sociais e culturais, este estudo teve como objetivo investigar o vínculo de apadrinhamento, a fim de compreender os processos subjetivantes e os lugares simbólicos envolvidos e a possibilidade de o programa contribuir para sustentação do jovem no laço social como sujeito de desejo. Para tal, realizou-se uma revisão de literatura na introdução, uma explanação da teoria psicanalítica no que se refere à constituição do sujeito na linguagem e ao fenômeno da adolescência e uma articulação entre o que foi encontrado sobre padrinhos afetivos na literatura e a psicanálise. Foram realizadas entrevistas individuais semidirigidas com dois voluntários adultos participantes do programa realizado pelo Instituto Fazendo História que, posteriormente, foram analisadas, interpretadas e articuladas à teoria psicanalítica de Freud e Lacan. Como resultado das análises constatou-se potencialidades e desafios do programa. Foi identificada a importância de o apadrinhamento proporcionar um lugar de desejo aos jovens e a continuidade da transmissão significante. Como desafios, evidenciaram-se: a necessidade de transformação do anonimato presente na motivação dos padrinhos para com o programa em um desejo nomeado e singularizado, a confusão de papéis de mãe e madrinha e o risco de reatualização da estigmatização. Espera-se que esta pesquisa fomente e subsidie discussões sobre a constituição e sustentação do sujeito do inconsciente e o programa de apadrinhamento afetivo. Mais ainda, que a psicanálise como abordagem teórico-metodológica, volte-se cada vez mais a fenômenos sociais e às políticas públicas |
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