“O Mulato”: aspectos do naturalismo e de crítica social na construção das personagens

• Autor(a) principal: Meira, Luciana Uhren
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31319
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA; Personagem; Naturalismo; Crítica social

O presente trabalho ocupou-se da construção das personagens na obra “O Mulato” de Aluísio Azevedo sob o ponto de vista do Naturalismo e da crítica social. O objetivo do estudo foi apontar a técnica desenvolvida pelo autor no seu romance considerado o iniciador do Naturalismo brasileiro, pois muitos críticos sustentaram a ideia de que Aluísio teria pouco conhecimento da filosofia positivista e, por esse motivo, não realizou bem sua primeira obra naturalista. A análise da obra demonstrou, entretanto, que o autor maranhense tomou conhecimento das teorias positivistas e até mesmo fez referências a elas em suas crônicas jornalísticas. Na realização da análise e observação foram utilizados textos de biógrafos de Aluísio Azevedo, suas crônicas publicadas no “Pensador” e na “Pacotilha”, textos de teóricos da literatura brasileira como José Veríssimo, Nelson Werneck Sodré e Afrânio Coutinho. Os estudos sociológicos de Gilberto Freyre e a teoria de Émile Zola foram fundamentais para a análise. Após atenta observação e coleta de dados foi possível concluir que Aluísio Azevedo não só conhecia como aplicou à sua obra os preceitos das teorias positivistas que serviam de base fundamental ao Naturalismo e, além disso, inaugurou em nossa literatura a observação metódica e minuciosa da realidade brasileira