O resgate da tradição oral pela memória do contar de Angela Lago

• Autor(a) principal: Baptista, Marilza Alberto
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31606
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA; Conto popular; Literatura infantil; Angela Lago

Esta monografia estuda o conto popular na performance contemporânea de Angela Lago a partir da análise do livro “Muito capeta” sob a perspectiva verbal, oral e visual. Para o estudo do conto popular busca referências em José Carlos Leal, A natureza do conto popular e Michèle Simonsen, O conto popular. Para entender o papel do narrador e a arte de contar histórias, busca informações em Walter Benjamin, no livro Obras escolhidas: Magia e Técnica, arte e política. Como o corpus escolhido é o livro Muito Capeta abordará aspectos que marcam as “histórias do demônio logrado”, categoria criada pelo grande estudioso da etnografia brasileira, Luis da Câmara Cascudo. Utiliza ainda a pesquisa do mesmo autor publicada no livro Literatura Oral no Brasil, as compilações de textos em Contos Tradicionais do Brasil e as realizadas por Silvio Romero e Gustavo Barroso. Para análise do conto foi fundamental a leitura dos livros A história do Diabo no Brasil (2007), de Alfredo dos Santos Oliva, Estórias do Diabo de Altimar Pimentel e A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento, de Mikhail Bakhtin. Estuda o corpus a partir das matrizes do conto popular na tradução contemporânea e literária de Angela Lago. Para a análise extraverbal, ou seja, sonorae visual busca referências em Luis Camargo, DécioPignatari, André Mendes, Martine Joly e Lucia Santaella. Busca ainda algumas referências de autores que tratam especificamente da literatura infantil e juvenil como Tereza Colomer, Sonia Salomão Khède, Marisa Lajolo, Maria José Palo e Maria Rosa D. Oliveira. Para finalizar, retoma alguns elementos da obra que comprovam uma premissa da própria autora, ou seja, que podemos ser diferentes das crianças quanto à maturação cognitiva, mas “não somos tão diferentes assim nas nossas necessidades, incluindo a necessidade de beleza e humor”