O álbum dos sonhos: musicando a vivência da hemodiálise

• Autor(a) principal: Cohen, Jacques Soihet
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28096
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Música; Doença renal crônica; Psicologia; Musicoterapia

Na presente pesquisa pretendeu-se utilizar da música como ação terapêutica em um enfoque fenomenológico ao abordar a experiência vivida por um paciente com Doença Renal Crônica, atendo-se aos sentidos emergentes de seu discurso. Realizaram-se três encontros no Centro Diálise e Transplante Renal do Hospital Santa Lucinda em Sorocaba-SP, sendo que cada encontro constituiu uma etapa da pesquisa. A primeira entrevista for realizada durante o tratamento de hemodiálise, desta, fez-se uma análise fenomenológicado discurso do paciente e da sua experiência, compreendendo os sentidos da Doença Renal Crônica por meio do aprofundamento existencial. Em seguida, produziu-se uma letra original. Nesta, utilizou-se da análise da sua experiência condensada em metáforas, excertos da entrevista, imagens e etc. Na segunda etapa da pesquisa, livre para modificar a letra a sua maneira, o participante optou por não fazê-lo, uma vez que, para ele, que aqueles versos pareceram retratar perfeitamente a sua vivência. Por fim, utilizando um violão, uma guitarra, um baixo, instrumentos de percussão, a voz e a letra autoral, gravou-se a música “O Sopro”, cujo potencial terapêutico se expressou nas palavras do participante. Para ele, a música, assim como a totalidade da pesquisa, implicaram positivamente em seu tratamento e em sua vida. Pode-se afirmar, a partir da devolutiva do participante, que a música foi um instrumento terapêutico possível em um contexto clínico e hospitalar, servindo como ferramenta na promoção de saúde, no reconhecimento de si mesmo e na aceitação das limitações da doença. A música “O Sopro” traz a vivência de uma só pessoa, mas se desdobra para além de uma só experiência quando carrega elementos artístico-culturais passíveis de serem compartilhados e revividos por outras pessoas.