A representação de idade e sexo nas fotografias de anúncios de publicidade: estereótipos socializadores

• Autor(a) principal: Campos, Terezinha Calil Padis
• Data de Publicação: 1983
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/16355
• topic: Psicologia da Educacao; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA

Este trabalho teve por finalidade responder à questão: "Como é a representação de idade e sexo nas fotografias de anúncios de publicidade?" A importância dessa pergunta, no campo da psicologia da educação, está em que tais representações podem funcionar como estereótipos socializadores, os quais estão presentes, como "conteúdos culturais", no processo de formação da identidade. O objetivo foi documentar um aspecto da cultura visual, buscando descrever e analisar anúncios que contivessem fotografias e cenas referentes à criança, ao jovem, ao adulto e ao velho. O material utilizado para o estudo foi coletado de fotografias de anúncios publicados em revistas de distribuição nacional. Este trabalho buscou em parte, fazer uma replicação do trabalho que Erving Goffman fez nos Estados Unidos, com sexos. Foram abordados aspectos teóricos referentes ao processo de socialização, à formação da identidade, e ao significado das fotografias, e à questão histórica da definição das idades. Foram coletadas aproximadamente 3.000 fotografias de anúncios, levantadas categorias de análise após a seleção feita com as fotografias. O tema foi enfatizar idade, tendo sido possível também focalizar masculino e feminino. Foi destacado o aspecto da hiper-ritualização, presentes nas cenas retratadas nos anúncios, diferenciando-as das cenas da vida real. Uma análise mais detalhada foi feita com crianças e velhos, onde foi possível levantar um maior número de categorias. Foi possível considerar que as imagens retratadas das diferentes idades através das cenas fabricadas, construídas, com uma versão idealizada, mas não real, criam questões na formação da identidade, pois aparecem versões idealizadas de identidades sociais, possivelmente trazendo problemas na formação da identidade pessoal