Violência doméstica/intrafamiliar contra a criança: estudo do fenômeno na perspectiva da psicologia sócio-histórica

• Autor(a) principal: Santos, Jessica Moraes dos
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28529
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Violência doméstica/intrafamiliar contra a criança; Psicologia sócio-histórica; Dimensão subjetiva; ECA

O presente trabalho se caracteriza como um estudo teórico reflexivo sobre o fenômeno da violência doméstica/intrafamiliar contra a criança, a partir da revisão de literatura sobre o tema e do referencial teórico e metodológico da Psicologia Sócio-Histórica. O fenômeno da violência doméstica/intrafamiliar contra a criança é de complexidade histórica e social importante, já que para ele ser entendido é essencial que se compreenda as concepções construídas sobre a infância, a família e a própria violência contra a criança, buscando entender como as relações sociais entre adultos e crianças foram se modificando ao longo da história, principalmente com o surgimento da família nuclear burguesa (casal parental com os filhos; lugar de afeto e proteção; divisão dos papéis de provisão e cuidados; poder dos pais sobre os filhos), como na história humana foi se constituindo o sentimento de infância e sob quais condições materiais e históricas as crianças passaram a ser parte integrante das famílias. Por intermédio de uma concepção crítica e desnaturalizante dos conceitos de família, infância e violência, este estudo pretende dar visibilidade histórica e social para esses fenômenos, evidenciando a dimensão subjetiva constitutiva dos mesmos, mostrando que não se tratam de fenômenos naturais, mas construídos na história da humanidade e multideterminados por fatores políticos, ideológicos, sociais e culturais. A discussão da literatura levantada aponta para a relevância social e científica do fenômeno da violência intrafamiliar contra a criança, considerando-o como importante questão de saúde pública. Também ressalta a importância da prática profissional do psicólogo compromissada com a questão social e como agente na luta pelos direitos da criança, tendo como principal instrumento o ECA