Gênero, masculinidades e violência: um olhar da psicanálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29955 |
Resumo: | Os estudos de gênero se iniciaram com os estudos feministas e desenvolveram-se na área da antropologia. Já a psicanálise, ao longo de sua história, pouco se debruçou com as questões de gênero. Para Freud, a existência dos dois gêneros ou sexos e suas resultantes diferenças psicológicas entre os indivíduos pertencentes a cada um deles se explicam a partir da percepção das diferenças anatômicas entre os sexos. Este trabalho aborda os estudos de gênero e de masculinidades provenientes da área da antropologia, procurando dialogar com a psicanálise freudiana, a partir da experiência de coordenação de grupos reflexivos para homens autores de violência contra a mulher. Pode-se considerar através dos relatos de tais homens, que no atual contexto sócio-histórico, com o avanço dos direitos das mulheres e principalmente sua emancipação no mercado de trabalho, experiencia-se uma maior dificuldade de aproximação da masculinidade hegemônica, modelo este tido como ideal de ego masculino, o que se associa ao modelo ideal de referência paterna, posição almejada igualmente inalcançável e inatingível. A distância de seu ego para com seu ideal de ego faz com que o indivíduo sinta-se fracassado e inferiorizado, sendo a violência uma tentativa de retomada de seu poder originalmente perdido. Os papéis de hegemonia masculina sempre foram associados ao provedorismo material e moral de casa. Essas funções aos poucos foram sendo diluídas na família, a mulher empoderada, e o homem desapropriado dos papéis que o constituíam sua identidade. Percebe-se que essas figuras parentais estão em rearranjo e que isso provoca um sentimento de angústia e desamparo no homem |
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