Padrões de beleza e sua influência na infância: uma análise do filme "Pequena Miss Sunshine"

• Autor(a) principal: Bueno, Isadora Ribeiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27723
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Beleza; Padrões; Meninas; Infância

A cultura do belo atravessa a contemporaneidade e impõe rotinas de cuidados a todas as idades, e tendo como desejo maior a permanência da juventude. Somos atravessados por maneiras ideais de ser, e buscamos por corpos normatizados, ao internalizar padrões estabelecidos pela mídia. A mídia influencia na construção de identidades e valores sociais que elaboram nossa forma de pensar, agir e sentir. Ao falar de construção de identidade, falamos de infância, que é a raiz desse processo, e que sofre inúmeras transformações, nos possibilitando refletir sobre subjetividades produzidas. O aprofundamento no tema se faz necessário em função das problemáticas existentes, uma vez que o corpo, em função das pressões que sofre de acordo com cada cultura, se entrega aos procedimentos que visam aperfeiçoar e atualizar sua aparência. O objetivo do trabalho é compreender os possíveis impactos desse cenário para as crianças, em especial as meninas, além de pesquisar os efeitos da cultura da beleza na construção da feminilidade para que dados possam ser gerados para embasar intervenções nos vários âmbitos da Psicologia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa teórica, tendo como objeto de estudo o filme “Pequena Miss Sunshine”, em que se evidencia a pressão sofrida na infância para se adequar ao padrão. Concluímos que a mídia, em seus vários veículos como a TV, revistas, cinema, redes sociais, entre outros, exerce uma forte pressão social a fim de garantir a manutenção dos estilos de vida que devem ser escolhidos. Constatamos uma adultização e sexualização precoces nas meninas, e observamos o poder de influência da família, que pode atuar como perpetuadora desses padrões que oprimem as mulheres desde a infância ou, por outro lado, fornecer o suporte para que as meninas possam se contrapor a eles