Desenvolvimento emocional na adolescência e o papel da família: uma leitura winnicottiana

• Autor(a) principal: Piza, Ricardo Paiva de Toledo
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28809
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Adolescência; Família; Winnicott; Desenvolvimento emocional

Este trabalho tem por objetivo investigar a adolescência enquanto uma etapa saudável do desenvolvimento emocional, levando em conta os processos maturacionais que lhe acompanham. É também abordado o papel da família enquanto ambiente facilitador para o desenvolvimento emocional dos adolescentes, a fim de lançar luz aos desafios que eles enfrentam e quais as conseqüências da qualidade do ambiente que lhes é provido. Trata‐se de uma pesquisa teórica de orientação psicanalítica apoiada na obra de Donald W. Winnicott e em sua teoria do desenvolvimento emocional. Primeiramente é dedicado um capítulo ao desenvolvimento emocional da primeira infância e se faz um esboço de alguns dos principais conceitos de Winnicott sobre este tema. Em seguida, são apresentadas as idéias do autor a respeito da adolescência, enfatizando a maneira pela qual o ambiente familiar adequado responde às suas necessidades. Por fim, é feita uma discussão a respeito do papel da família de Mano, um adolescente de 15 anos, personagem principal do filme “As Melhores Coisas do Mundo”. O adolescente enfrenta o desafio de romper com o círculo familiar que o envolve e que lhe dá segurança, ao mesmo tempo em que a ampliação de seu ambiente remete paradoxalmente ao retorno à situação rompida. Seu comportamento desafiante e imaturo reflete sua busca por se sentir real e por constituir uma identidade própria. A família deve enfrentar o desafio e oferecer o princípio de realidade por meio de um confronto não retaliador ao adolescente, ao mesmo tempo em que sustenta seus retornos à dependência que se seguem aos arroubos de rebeldia