A economia solidária como o trilhar da loucura e do trabalho: sentidos do trabalho para as/os trabalhadoras/trabalhadores do coletivo Ala Loucos pela X

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andreasi, Giovanna Mattar Ferreira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26287
Resumo: O mundo do trabalho contemporâneo tem sido atravessado por crises e mudanças estruturais nas últimas décadas, marcadas pela crescente precarização social do trabalho; isto é, pela piora geral das condições de trabalho e de vida consequentes da busca pela redução de custos de (re)produção do capital e pelo retorno às ideias liberais. Para a classe trabalhadora, isto significou a fragilização dos vínculos de trabalho, a perda de direitos, o enfraquecimento das políticas de proteção social, a degradação dos ambientes de trabalho, a intensificação das formas de exploração, a desarticulação política dos trabalhadores e o desemprego estrutural, de modo que cada vez mais homens e mulheres encontram menos trabalho em condições dignas. É na Crise do Emprego da década de noventa que o movimento da Economia Solidária é realentado no Brasil. Trabalhadoras e trabalhadores se reuniram em grupos e empreendimentos com o objetivo de coletivamente arquitetarem condições de geração de renda e trabalho, orientados pelo princípio da autogestão. Neste sentido, emergiram coletivos de trabalhadores/as ligados à luta antimanicomial, no campo da saúde mental, organizados na luta pelo direito ao trabalho digno e pela reinserção no mundo do trabalho. Este estudo parte do interesse nos sentidos atribuídos ao trabalho pelas trabalhadoras e trabalhadores do coletivo Ala Loucos pela X. Deste modo, a presente pesquisa qualifica-se como qualitativa, de cunho participante, e tem como objetivo central identificar e compreender os sentidos do trabalho para as/os trabalhadoras/trabalhadores de um coletivo de economia solidária e saúde mental. Como resultados, apresenta e analisa três entrevistas semi-estruturadas com trabalhadoras/es do coletivo, organizada em eixos temáticos, a saber: os sentidos do trabalho, a história de vida de trabalho (incluindo a economia solidária e o coletivo, e os sentidos do movimento da luta antimanicomial e do carnaval, valiosas bandeiras para o coletivo); e o devir e perspectivas acerca do trabalho. Sob o prisma do marco teórico-metodológico adotado – a Psicologia Social do Trabalho – procedemos à análise. Como sínteses conclusivas, a pesquisa aponta o sentido maior atribuído ao trabalho na experiência dessas/esses aderecistas, bem como a possibilidade de sonhar com uma ética amorosa e solidária no plano do trabalho, pautada na justiça e no bem-estar coletivo, para o edificar de uma sociedade verdadeiramente igualitária
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