Dimensão subjetiva da desigualdade social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rozman, Gabriela
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18752
Resumo: A desigualdade social brasileira vem produzindo situações de vida preocupantes à maioria população. A presente pesquisa busca pelos elementos subjetivos construídos a partir dessa realidade, ou seja, os sentimentos, valores, emoções, percepções entre outros aspectos que acompanham as vivências das pessoas com condições materiais desiguais na cidade de São Paulo. O objeto de análise foi o material publicado pelo jornal Folha de São Paulo, incluindo artigos, editoriais e cartas ao leitor, durante o período de 1º de outubro de 2007 a 30 de outubro de 2007, onde sujeitos analisaram um episódio de violência urbana. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa em que a análise dos dados foi baseada em conceitos da Psicologia Sócio-Histórica. Assim, a construção de categorias como metodologia foi decorrente da importância de um método materialista dialético e necessidade de uma teoria que fizesse mediação entre método materialista histórico e fenômenos psíquicos. Foram construídas quatro categorias de análise: Violência determinações objetivas e subjetivas, Direitos e Deveres, Percepção da desigualdade social e Riqueza e Pobreza. Foi possível observar uma dimensão subjetiva marcada por sentimentos de incômodo, estranhamento e invisibilidade entre as classes sociais. A culpabilidade pela situação de violência marcou os discursos dos sujeitos, sendo o Estado o grande responsável pelas condições de vida necessárias para que o sujeito não cometa o ato violento. O trabalho e a crença na meritocracia apareceram como justificativa para uma vida digna. A violência foi apontada como natural do indivíduo, encobrindo a desigualdade social no país. Por outro lado, a justificativa dos sujeitos para o ato violento como uma determinação social, não apontou para um caminho de emancipação do sujeito na medida em que retirou do sujeito sua possibilidade de ação sobre a realidade. São poucos os sujeitos que compreendem a desigualdade social como um processo a ser transformado. Em contrapartida, a culpabilizacao constante encobriu a complexidade do fenômeno da desigualdade social e a percepção do sujeito como um ser social, singular e histórico
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