Intolerância, redes sociais e mèreversão: faces da violência na contemporaneidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/30107 |
Resumo: | In Brasil, violence is a recurrent subject in the news media, but what we witness today seems to differ from what used to happen in the past. Nowadays, violent outbursts occur for extremely dull reasons; acts that stem from extreme aggressiveness for which reasons are sometimes not even comprehensible. During the last presidential elections, we saw an example of how political marketing and the media can affect the electorate in such a way that the dispute between candidates became a war between regions. Issues such as migration and intolerance against the ‘nordestino’ were put on the agenda as something worthy of further debate. Furthermore, the political battle raised questions towards racial bias and class bias; an evidence that the strategy used was based on the population’s own conservatism and prejudice; it did not input in society new concepts and feelings. Through our object of analysis - the discourse of the Twitter users against the nordestinos (from the day Dilma Rousseff was elected, on October 31st , 2010, until the end of 2011)- our work intends to analyze how prejudice against the nordestino came along in Brazil, how it was used as a political strategy, the inequalities that have been essentialized as differences in the country and the way prejudices are formed and, in certain contexts, gain strength. This work also aimed to foster a better understanding of how political and media manipulation led the youth to so easily display aggressiveness and prejudice on a social networking website and on the online petition created by the Movimento São Paulo para os Paulistas. Therefore we can draw the conclusion that the violent acts that we witness nowadays point to serious changes in the social configuration. This work brings to light a society that has no references, that is drifting along, and it also shows how ideological and social purposes became the mere backdrop in which violent acts spring up in an uncontrolled way |
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Fantini, João AngeloMorais, Maria Carolina Fernandes2022-11-11T21:31:01Z2022-11-11T21:31:01Z2012-08-02Morais, Maria Carolina Fernandes. Intolerância, redes sociais e mèreversão: faces da violência na contemporaneidade. 2012. Monografia de Especialização (Especialização em Semiótica Psicanalítica - Clínica da Cultura) - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2012.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/30107In Brasil, violence is a recurrent subject in the news media, but what we witness today seems to differ from what used to happen in the past. Nowadays, violent outbursts occur for extremely dull reasons; acts that stem from extreme aggressiveness for which reasons are sometimes not even comprehensible. During the last presidential elections, we saw an example of how political marketing and the media can affect the electorate in such a way that the dispute between candidates became a war between regions. Issues such as migration and intolerance against the ‘nordestino’ were put on the agenda as something worthy of further debate. Furthermore, the political battle raised questions towards racial bias and class bias; an evidence that the strategy used was based on the population’s own conservatism and prejudice; it did not input in society new concepts and feelings. Through our object of analysis - the discourse of the Twitter users against the nordestinos (from the day Dilma Rousseff was elected, on October 31st , 2010, until the end of 2011)- our work intends to analyze how prejudice against the nordestino came along in Brazil, how it was used as a political strategy, the inequalities that have been essentialized as differences in the country and the way prejudices are formed and, in certain contexts, gain strength. This work also aimed to foster a better understanding of how political and media manipulation led the youth to so easily display aggressiveness and prejudice on a social networking website and on the online petition created by the Movimento São Paulo para os Paulistas. Therefore we can draw the conclusion that the violent acts that we witness nowadays point to serious changes in the social configuration. This work brings to light a society that has no references, that is drifting along, and it also shows how ideological and social purposes became the mere backdrop in which violent acts spring up in an uncontrolled wayNo Brasil, o tema da violência é assunto recorrente nas mídias, mas o que hoje assistimos parece ser diferente do que costumava ocorrer no passado. Rompantes de violência surgem hoje por motivos extremamente banais, atos de extrema agressividade cujas razões às vezes não são sequer compreensíveis. Assistimos durante as últimas eleições presidenciais um exemplo de como o marketing político e a colaboração da mídia podem afetar de tal maneira o eleitorado que uma disputa entre candidatos tornou-se uma guerra entre regiões. E questões como migração e intolerância contra o nordestino entraram em pauta como algo legítimo de discussão – e que reverberam até hoje. Além disso, a disputa política trouxe à tona questões ligadas ao preconceito racial e de classe; uma mostra de que a estratégia utilizada baseou-se no próprio preconceito e conservadorismo da população; não ‘introduziu’ nela novos conceitos e sentimentos. Por meio de nosso objeto de estudo, as falas dos usuários do Twitter contra os nordestinos (a partir do dia 31 de Outubro de 2010, dia em que Dilma Rousseff foi eleita, até o final de 2011), o presente trabalho se propõe a analisar como o preconceito contra o nordestino nasceu no Brasil, de que maneira esse preconceito foi utilizado como estratégia política, as desigualdades essencializadas como diferenças no país e a forma como os preconceitos se formam e, em determinados contextos, tomam força. Este trabalho também teve como intuito buscar um maior entendimento sobre como uma manipulação política e midiática conseguiu levar com tanta facilidade com que jovens exibissem agressividade e preconceito nas redes sociais e na petição online criada pelo Movimento São Paulo para os Paulistas. Conclui-se que os atos de violência que observamos atualmente podem nos mostrar que a agressividade e a intolerância apresentadas apontam para sérias mudanças nas configurações sociais. Este trabalho revela uma sociedade sem referências e sem norte, na qual até mesmo motivos ideológicos e sociais viram apenas pano de fundo para que atos de violência possam existir de forma descontroladaporPontifícia Universidade Católica de São PauloEspecialização em Semiótica Psicanalítica - Clínica da CulturaPUC-SPBrasilFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e ArtesCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIADesiguldade e diferençaRedes sociaisTwitterPsicanálisemèreversãoInequalities and differencesSocial mediaTwitterPsychoanalysisMèreversionIntolerância, redes sociais e mèreversão: faces da violência na contemporaneidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALMARIA CAROLINA FERNANDES MORAIS.pdfapplication/pdf618364https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/30107/1/MARIA%20CAROLINA%20FERNANDES%20MORAIS.pdf1d68847b889f3cb653969b7b32c854c6MD51TEXTMARIA CAROLINA FERNANDES MORAIS.pdf.txtMARIA CAROLINA FERNANDES MORAIS.pdf.txtExtracted texttext/plain291396https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/30107/2/MARIA%20CAROLINA%20FERNANDES%20MORAIS.pdf.txtfaf642ccd3220cddd7d3abfb1940277aMD52THUMBNAILMARIA CAROLINA FERNANDES MORAIS.pdf.jpgMARIA CAROLINA FERNANDES MORAIS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1297https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/30107/3/MARIA%20CAROLINA%20FERNANDES%20MORAIS.pdf.jpgf04e74df7485be1020eba4a2190525d8MD53handle/301072023-10-25 11:56:09.06oai:repositorio.pucsp.br:handle/30107Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2023-10-25T14:56:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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