Maternidade e Síndrome de Burnout: uma análise junguiana

• Autor(a) principal: Scarponi, Marcella Munhoz
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41619
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Burnout; Mulheres; Maternidade; Psicoterapia; Psicologia analítica

Burnout é a síndrome que atinge o trabalhador e traz a sensação de esgotamento profissional, sendo uma resposta à exposição a estressores crônicos no meio laboral. A relação entre a síndrome e a saúde mental do trabalhador é estabelecida, uma vez que, em sua manifestação, apresenta-se apatia, falta de motivação com as atividades desempenhadas, baixa autoestima, ansiedade, estresse, insatisfação e falta de conexão com trabalho. Ademais, as mulheres são as mais afetadas pela síndrome, principalmente, as que são mães e precisam lidar com maiores exigências sociais e sobrecargas de atividades. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo compreender como a conjugação de fatores atinentes à maternidade e à ocupação profissional correlacionam-se com o desenvolvimento de uma possível síndrome de Burnout. O estudo realizado baseou-se na análise qualitativa de entrevistas semidirigidas, sob referencial teórico da Psicologia Analítica. Após o processo de escuta das entrevistas, estas foram transcritas de forma fiel, sem alterações de discurso e, em seguida, foi realizada leitura do material obtido, mediante a exploração de aspectos comuns e distintos entre as falas das participantes. Após esse processo, foram elaborados grupos temáticos: rede de apoio; gravidez e mudanças decorrentes; a figura paterna; demandas sociais: o filho é da mãe; sintomas físicos e psíquicos: a importância do autocuidado; trabalho e maternidade; possibilidades de transformação, os quais foram analisados à luz dos conceitos apresentados nos capítulos teóricos. Concluiu-se que a identificação excessiva das entrevistadas com a persona de mãe, pautada de forma exacerbada pelo polo positivo do arquétipo materno, influenciou expressivamente o desencadeamento do estado de cansaço e esgotamento extremos, sendo a psicoterapia um fator potencialmente transformador de tal cenário