O sentido da intimidação na escola e sua repercussão na vida adulta: uma perspectiva da fenomenologia-existencial

• Autor(a) principal: Lima, Sandy Lira Ximenes
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27850
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Intimidação Escolar; Fenomenologia-Existencial; Educação

A intimidação escolar é um fenômeno há pouco tempo estudado no Brasil, contudo se mostra presente há muitas décadas nas escolas brasileiras e trazendo deletérias consequências aos envolvidos neste fenômeno. Desta maneira, a presente pesquisa buscou compreender tal fenômeno, seu sentido, o processo de ressignificação na vida adulta e o papel da escola. Para tanto, entrevistou dois participantes de 23 anos a partir do método da entrevista reflexiva fenomenológica. A análise foi feita a partir da interpretação hermenêutica: o método desconstrutivo-construtivo da Fenomenologia Existencial, mostrando que o aluno que sofre intimidação escolar vive um isolamento social por vivenciar a relação ser-com-os-outros marcada pelo medo, ameaça e não-confiabilidade, trazendo os sentimentos de nãopertencimento, rejeição e inadequação. Compreendendo que a intimidação escolar possa acontecer como uma maneira violenta de demarcar aquilo “que não sou”, pois a intimidação ocorre no período da infância e adolescência em que a noção de “quem sou” está em construção, de forma que a intimidação acontece para marginalizar os alunos por suas características físicas, desempenho acadêmico e papel de gênero que se desviem do padrão, ou seja, representando aquilo que não sou, não quero ser e não posso ser. Refletindose sobre o papel da escola fundado no mundo da impropriedade que trabalha com a perspectiva de certo e errado, feio e bonito, ou seja, não possibilitando que seus alunos possam caminhar rumo à propriedade, isto é, possibilitando para ser mais livres para ser quem são e possam assumir o cuidado e responsabilidade de sua existência