Contribuições e possibilidades de um jogo de tabuleiro cooperativo para o vir-a-ser infantil

• Autor(a) principal: Silva, Isadora Eivazian Monteiro da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/40198
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Fenomenologia existencial; Jogo de tabuleiro; Jogo cooperativo; Brincar

Inerentes à infância humana, brincadeiras e jogos abrem espaço para a construção de mundo da criança, responsáveis pelo descerramento de diversas possibilidades existenciais de ser e do conhecimento sobre si. Este Trabalho de Conclusão de Curso teve como objetivo discutir o ser-criança, sua relação com o jogar e o conceito de autenticidade (Heidegger, 2015), utilizando o jogo cooperativo infantil Focus (2015) como instrumento investigativo e recurso para a reflexão. Após releitura do jogo, foram considerados importantes momentos de análise (1) Deliberação e mergulho; (2) Ser em conjunto e liberdade de escolha; e (3) Triunfo, fracasso e finitude. O início do jogo abre a possibilidade de um estar com o outro em uma conjunta aventura de descobertas. Sobre a hipotética e compartilhada responsabilidade de salvaguardar a Terra de sua iminente destruição, o jogo cooperativo segue de acordo com as consequências de movimentações coletivas-individuais, de maneira análoga à característica ontológica fundamental do ser-aí como ser-com e, para além, ser-com-os-outros. Ainda que sem a vivência da angústia, as crianças se deparam tanto com a finitude de sua própria existência, dos outros, e do mundo que compartilham, quanto a do jogo e das atividades nele, que têm um fim, acabam. Depreende-se do jogar um dos primeiros contatos do ser-criança com sua própria finitude. Jogos de tabuleiro cooperativos como o Focus (2015) são mediadores de processos existenciais e promotores de abertura à autenticidade