O trauma e a relação com o não-dito: luto complicado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28270 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo analisar a relação entre trauma, não-dito e luto complicado. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados para pesquisa científica no Scielo e Google Acadêmico, assim como uma busca no acervo da biblioteca Nadir Gouvêa Kfouri, da PUC. Partiu-se da retomada da teoria do trauma em Freud, apontando-se diversas reformulações. Da cena de sedução real traumática que passa à fantasia, instaurando a noção de realidade psíquica. Apresentamos Ferenczi, que retomou a importância da realidade de um evento externo para a teoria do desmentido. Recorremos à noção de não-dito para desenvolver a dinâmica de uma situação traumática que acontece na infância. Quando ocorre uma vivência traumática no ambiente familiar, muitas vezes, o evento é “apagado” pelos pais, que preferem omiti-la para os filhos. Isto por motivos variados, mas, em geral, em nome de uma proteção daquilo que julgam traumático e doloroso. Contudo, por mais que não se diga o que se passou, ocorre uma transmissão psíquica que, devido ao segredo, não adquire representação simbólica. Em caso de morte na família, ocasionada de forma violenta, entre outras, as crianças não podem alcançar socialmente o reconhecimento da perda. Apesar do trauma familiar, o luto fica desmentido, já que a interpretação dada à situação traumática é o que marca o trauma. Assim como os dados da situação traumática são omitidos, dificultando a elaboração da vivência e implicando em um processo de luto complicado |
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