Educação alimentar e nutricional: uma discussão para a psicologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27705 |
Resumo: | A partir da saúde integral, em que corpo e mente são compreendidos em sua totalidade, busca-se romper com os parâmetros colonizadores que sustentam as formas de exercer cuidado a partir da destruição da diversidade ambiental, cultural e econômica. Usualmente, há privilégio em tratar a saúde, principalmente a saúde mental, pela via da medicalização, proposta através da hierarquização do papel do profissional da saúde, que é o detentor do saber científico, e excluindo os diferentes saberes advindos das experiências de cada corpo. A alimentação aqui, sob outro entendimento, se mostra como importante questão para a discussão da prevenção e tratamento de doenças de cunho orgânico, emocional e psicológico, assim como proposto pela medicina milenar Ayurveda e pela atual Psiquiatria Nutricional. O que ingerimos e a forma como ingerimos os alimentos está ligado a vias simbólicas, afetivas, à construção da cultura e das identidades. É desse lugar que deve falar a Psicologia na relação com outros profissionais e especialmente no âmbito escolar, já que a escola possibilita a criação da rede de cuidados, associando crianças, familiares e trabalhadoras na promoção de diálogos sobre os modos de produzir vida, em que a alimentação está associada a ganho de bem-estar. Buscando-se discutir a relação da educação alimentar e nutricional com a Psicologia, utilizou-se a estratégia metodológica da revisão bibliográfica de escopo, pautada em artigos científicos produzidos no Brasil, principalmente nos últimos três anos, desde 2019, para verificar o que está sendo discutido sobre aquela relação como caminho para a saúde plena. Como não foram encontrados artigos que discutiam o tema com o foco na relação com a Psicologia, foram selecionados trabalhos que tratavam do tema sob as duas perspectivas (educação alimentar e nutricional; psicologia) a fim de possibilitar a reflexão sobre possíveis relações entre elas. Por fim, concluiu-se que há escassez de artigos científicos, especialmente pela perspectiva colonizadora da psicologia que acaba fazendo uma discussão bastante diferente do desejo da pesquisadora, além da falta de interesse em identificar outras formas de cuidado que se abram para a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade das áreas do conhecimento. Refletir sobre a alimentação em contexto escolar a partir da psicologia se mostra como caminho de luta política e confronto das estruturas vigentes. Portanto, é um tema que deve ser mais estudado e dialogado nos diferentes espaços, sabendo que a via da alimentação saudável, natural, acessível e crítica possibilita bem-estar, autonomia, autoconhecimento, justiça social, quebra dos saberes-poderes fincados na figura do profissional da saúde e respeito ao meio ambiente e ao próprio corpo |
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Maciel Júnior, Plínio de AlmeidaGuimarães, Aléxia Cerezer2022-09-16T20:47:34Z2022-09-16T20:47:34Z2022-06-17Guimarães, Aléxia Cerezer. Educação alimentar e nutricional: uma discussão para a psicologia. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27705A partir da saúde integral, em que corpo e mente são compreendidos em sua totalidade, busca-se romper com os parâmetros colonizadores que sustentam as formas de exercer cuidado a partir da destruição da diversidade ambiental, cultural e econômica. Usualmente, há privilégio em tratar a saúde, principalmente a saúde mental, pela via da medicalização, proposta através da hierarquização do papel do profissional da saúde, que é o detentor do saber científico, e excluindo os diferentes saberes advindos das experiências de cada corpo. A alimentação aqui, sob outro entendimento, se mostra como importante questão para a discussão da prevenção e tratamento de doenças de cunho orgânico, emocional e psicológico, assim como proposto pela medicina milenar Ayurveda e pela atual Psiquiatria Nutricional. O que ingerimos e a forma como ingerimos os alimentos está ligado a vias simbólicas, afetivas, à construção da cultura e das identidades. É desse lugar que deve falar a Psicologia na relação com outros profissionais e especialmente no âmbito escolar, já que a escola possibilita a criação da rede de cuidados, associando crianças, familiares e trabalhadoras na promoção de diálogos sobre os modos de produzir vida, em que a alimentação está associada a ganho de bem-estar. Buscando-se discutir a relação da educação alimentar e nutricional com a Psicologia, utilizou-se a estratégia metodológica da revisão bibliográfica de escopo, pautada em artigos científicos produzidos no Brasil, principalmente nos últimos três anos, desde 2019, para verificar o que está sendo discutido sobre aquela relação como caminho para a saúde plena. Como não foram encontrados artigos que discutiam o tema com o foco na relação com a Psicologia, foram selecionados trabalhos que tratavam do tema sob as duas perspectivas (educação alimentar e nutricional; psicologia) a fim de possibilitar a reflexão sobre possíveis relações entre elas. Por fim, concluiu-se que há escassez de artigos científicos, especialmente pela perspectiva colonizadora da psicologia que acaba fazendo uma discussão bastante diferente do desejo da pesquisadora, além da falta de interesse em identificar outras formas de cuidado que se abram para a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade das áreas do conhecimento. Refletir sobre a alimentação em contexto escolar a partir da psicologia se mostra como caminho de luta política e confronto das estruturas vigentes. Portanto, é um tema que deve ser mais estudado e dialogado nos diferentes espaços, sabendo que a via da alimentação saudável, natural, acessível e crítica possibilita bem-estar, autonomia, autoconhecimento, justiça social, quebra dos saberes-poderes fincados na figura do profissional da saúde e respeito ao meio ambiente e ao próprio corpoporPontifícia Universidade Católica de São PauloGraduação em PsicologiaPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências Humanas e da SaúdeCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAEducação alimentar e nutricionalSaúde mentalPsicologiaEducação alimentar e nutricional: uma discussão para a psicologiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALAlexia Cerezer Guimaraes_alexia cerezer guima.pdfapplication/pdf476046https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27705/1/Alexia%20Cerezer%20Guimaraes_alexia%20cerezer%20guima.pdf4d8fb0b8ce0c46a3feb3008a17708086MD51TEXTAlexia Cerezer Guimaraes_alexia cerezer guima.pdf.txtAlexia Cerezer Guimaraes_alexia cerezer guima.pdf.txtExtracted texttext/plain165559https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27705/2/Alexia%20Cerezer%20Guimaraes_alexia%20cerezer%20guima.pdf.txt653fe658a7e8a146dabfa891e72684c6MD52THUMBNAILAlexia Cerezer Guimaraes_alexia cerezer guima.pdf.jpgAlexia Cerezer Guimaraes_alexia cerezer guima.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27705/3/Alexia%20Cerezer%20Guimaraes_alexia%20cerezer%20guima.pdf.jpgd73146f0eb6452e7f43d0c1d4bb2d82fMD53handle/277052022-09-30 20:17:17.382oai:repositorio.pucsp.br:handle/27705Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-09-30T23:17:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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