Homem e mulher no singular: uma reflexão sobre a constituição da sexualidade e os relacionamentos amorosos contemporâneos

• Autor(a) principal: Góes, Isabela Ramalho e Silva de
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29040
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Constituição da sexualidade; Feminilidade; Masculinidade; Amor e contemporaneidade

Este trabalho tem como objetivo propor uma reflexão das singularidades da constituição da sexualidade dos homens e das mulheres, compreendendo as implicações desse processo para suas experiências amorosas na contemporaneidade. O estudo é teórico, subsidiado pelos conceitos psicanalíticos. Apreendeu-se a sexualidade de uma maneira mais ampla, não se restringindo ao caráter biológico. Tentou-se construir o processo de constituição, considerando a emergência da mesma desde tempos anteriores até a conquista da sexualidade adulta. Traçou-se as diferenças vivenciadas entre os sexos, caracterizando formas distintas de experienciarem o Complexo de Édipo, o Complexo de Castração e as relações com as figuras parentais. Frente os comportamentos amorosos atuais de homens e mulheres, tentou-se relacioná-los com os aspectos estruturais de sua sexualidade. Foi observada uma aproximação cada vez maior entre os sexos na contemporaneidade. Diante do novo posicionamento feminino, os homens precisaram re-significar suas próprias referências, sugerindo uma crise da masculinidade. No entanto, apesar das semelhanças, há especificidades que sugerem essencialidades entre ser homem e mulher. A partir da discussão dos comportamentos amorosos de ambos os sexos na atualidade, houve a necessidade de conceitualizar o que se considerava contemporaneidade e o amor. O momento atual é caracterizado a partir de valores como o hedonismo, o imediatismo, não havendo tolerância à própria temporalidade. Nas relações interpessoais não há muito espaço para a alteridade, caracterizando uma cultura do individualismo. O amor é compreendido como a possibilidade de construir um vínculo durável com o outro, sendo uma emoção culturalmente codificada. Conclui-se que há especificidades na construção da sexualidade masculina e feminina e que as mesmas refletem nas experiências amorosas futuras. Não há um processo estanque, já que estrutura e cultura convergem