No princípio era o homem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Larissa Ramos da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198530
Resumo: A psicanálise, bem como a cultura ocidental como um todo, é atravessada por um viés marcadamente masculino. Seu surgimento se deu em meio a uma prolixidade de discursos sobre a mulher, que a tomavam enquanto “outro” a partir de uma noção de diferença sexual que nem sempre foi hegemônica na cultura. Isso contrastava com o silenciamento de autoras mulheres nas mais diversas áreas do conhecimento. O objetivo deste trabalho foi investigar o viés masculino na psicanálise, em especial a freudolacaniana, através de leituras sobre o tema da feminilidade. Para isso, realizou-se um contraste entre as concepções de Freud acerca da feminilidade e aquelas de Karen Horney. Foi encontrado que, malgrado algumas semelhanças epistemológicas entre os autores, as leituras que produziram divergiam amplamente. Sugere-se, a partir do conceito de lugar de fala, que as possibilidades e limitações que cada um teve ao pensar a feminilidade têm relação com o fato de um autor ser homem e a outra ser mulher. Conclui-se que o viés masculino na psicanálise deixou marcas, tendo efeitos até hoje, principalmente na teoria lacaniana. Além disso, fica evidente também dentro da psicanálise enquanto instituição através do silenciamento de autoras mulheres pioneiras na psicanálise, cujas histórias e contribuições vêm sendo recentemente resgatadas. Questiona-se a concepção essencialista de feminino e masculino dentro da teoria e suas implicações clínicas e, por conseguinte, ético-políticas.
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