O Sagrado e o Profano: o cemitério na cidade de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cordis: Revista Eletrônica de História Social da Cidade |
Texto Completo: | https://revistas.pucsp.br/index.php/cordis/article/view/10321 |
Resumo: | A proposta deste artigo é refletir sobre os espaços que a morte e os mortos ocuparam e ocupam nas comunidades urbanas, em especial na cidade de São Paulo, abordando alguns conceitos que dizem respeito a polaridades do mundo real construído e instituído por grupos sociais de diversos tempos e espaços, ditos primitivos, civilizados, urbanos ou rurais. Para introduzir os conceitos de sagrado e profano, utilizaremos os argumentos de Mircea Eliade, historiador das religiões. Esses conceitos nos permitem abordar outros espaços cuja estrutura e função possuem características do espaço sagrado: são os cemitérios, “a morada dos mortos”, à imagem do mundo dos vivos. A igreja foi para os habitantes do Brasil durante muito tempo, o local sagrado para essa morada. Esse contexto começa a ser mudado no início do século XIX através das campanhas higienistas, novidade vinda da Europa. Os governos municipais seguiram a opinião dos médicos, procurando reordenar o espaço ocupado pelos mortos, estabelecendo uma nova geografia urbana na relação entre vivos e mortos.A precariedade em que ficavam os corpos sepultados nas igrejas foi a razão das discussões e envolvimento dos médicos e sanitaristas contra tais práticas: A solução de fundar um novo espaço possibilita a continuidade do espaço sagrado distante do mundo profano, mas dentro dele.O progresso da cidade permitiu a dessacralização da morte, mas não rompeu a ligação entre os vivos e seus mortos. |
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