A influência do trabalho na qualidade de vida do idoso e na sintomatologia depressiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torelly, Ivana Werner de Oliveira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2577
Resumo: Introdução. A continuidade de uma vida produtiva e ativa, a busca de uma nova concepção do envelhecimento que visa a renovação e vislumbra oportunidades e a inserção do idoso na vida social têm sido apontados como fatores que podem contribuir para a qualidade de vida e para a menor incidência de sintomas depressivos. Objetivos. O presente estudo busca avaliar a importância do trabalho na vida do idoso. Tem como objetivos específicos, verificar se idosos que permanecem trabalhando após os sessenta anos têm níveis mais satisfatórios de qualidade de vida e menores índices de sintomas depressivos. Métodos. Trata-se de um estudo transversal em 51 idosos que permanecem trabalhando após os 60 anos e 53 idosos que tinham trabalho remunerado e pararam de trabalhar após os 60 anos, selecionados a partir de uma amostra de base populacional do município de Porto Alegre. Foram coletados dados sócio-demográficas e aplicados os questionários WHOQOL-BREF, WHOQOL-OLD e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS). Adicionalmente foi questionado, para análise qualitativa, o significado e importância da qualidade de vida e do trabalho. Resultados. Foi observada uma média maior de qualidade de vida nos domínios físico e psicológico do WHOQOLBREF e no domínio participação social do WHOQOL-OLD e uma média menor de sintomas depressivos nos idosos que seguem trabalhando após os sessenta anos. Na análise estratificada por sexo, verificam-se estes mesmos resultados entre as mulheres, sendo que aparece também uma diferença significativa nos valores totais dos dois questionários de qualidade de vida, que na análise geral mostrou apenas uma tendência a significância, e no domínio atividades passadas, presentes e futuras do WHOQOL-OLD. Nos homens, não foram observadas essas diferenças, mostrando apenas uma média maior de qualidade de vida no domínio autonomia do WHOQOL-OLD entre os que pararam de trabalhar. Os resultados da análise qualitativa revelam que, nos dois grupos, os idosos consideram importante para ter qualidade de vida, fatores associados à manutenção da saúde, seguidos das relações interpessoais. Observou-se que o trabalho tem grande importância para os dois grupos, principalmente por trazer satisfação e realização e 54,7% dos que pararam de trabalhar, gostariam de voltar a exercer atividades profissionais se tivessem oportunidade. Conclusões. O estudo aponta uma associação entre estar ativo profissionalmente com menor número de sintomas depressivos e com melhor qualidade de vida, principalmente nos domínios físico, psicológico e participação social. Essa associação foi verificada apenas no sexo feminino, sugerindo que as mulheres que continuam trabalhando apresentam melhor qualidade de vida e menos sintomatologia depressiva. Observou-se também que o trabalho tem um valor intrínseco, abrangente e fundamental. Sua representação na vida das pessoas vai muito além dos ganhos financeiros, sendo também uma fonte de satisfação e realização.
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Adicionalmente foi questionado, para análise qualitativa, o significado e importância da qualidade de vida e do trabalho. Resultados. Foi observada uma média maior de qualidade de vida nos domínios físico e psicológico do WHOQOLBREF e no domínio participação social do WHOQOL-OLD e uma média menor de sintomas depressivos nos idosos que seguem trabalhando após os sessenta anos. Na análise estratificada por sexo, verificam-se estes mesmos resultados entre as mulheres, sendo que aparece também uma diferença significativa nos valores totais dos dois questionários de qualidade de vida, que na análise geral mostrou apenas uma tendência a significância, e no domínio atividades passadas, presentes e futuras do WHOQOL-OLD. Nos homens, não foram observadas essas diferenças, mostrando apenas uma média maior de qualidade de vida no domínio autonomia do WHOQOL-OLD entre os que pararam de trabalhar. 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