Estudo da participação do sistema dopaminérgico na formação da memória de reconhecimento em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Viviane Bogdanov
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2757
Resumo: Sabe-se que o Sistema Dopaminérgico está envolvido na formação e consolidação de diversos tipos de memórias, no entanto pouco se sabe a respeito de sua participação na formação da memória de reconhecimento. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi investigar a participação de receptores dopaminérgicos sobre a consolidação na tarefa de reconhecimento do objeto novo em ratos. No primeiro grupo de experimentos, ratos Wistar adultos foram tratados com dois agonistas dopaminérgicos (SKF 38393, um agonista de receptores da família D1; e Quimpirol, um agonista dos receptores da família D2) nas doses de 1 mg/Kg e 5 mg/kg administradas via intraperitonial, após a sessão de treino da tarefa do reconhecimento de objeto novo. Os ratos tratados com Quimpirol (em ambas as doses) e SKF 38393 (na menor dose), não apresentaram nenhuma diferença significativa em relação ao grupo controle. No entanto, ratos que receberam a maior dose do SKF 38393 (5 mg/Kg), apresentaram uma melhora na retenção da memória de longa duração (24 horas), nesta tarefa. Com o objetivo de investigar se aconteceria o mesmo efeito, caso os ratos fossem testados 72 horas após a sessão de treino, utilizou-se mais uma vez o agonista D1, e novamente observou-se uma melhora na retenção da memória de longa duração. No segundo experimento, os ratos foram submetidos ao tratamento com dois antagonistas dopaminérgicos (SCH 23390, um antagonista dos receptores da família D1; e o Raclopride, um antagonista dos receptores da família D2) em diferentes doses, concomitantemente com a Apomorfina, que é um agonista misto (D1 e D2), na dose de 0,05 mg/Kg. O uso do SCH 23390 sozinho, com o veículo ou juntamente com a Apomorfina, não evidenciou nenhuma alteração na memória. O mesmo é observado quando se administra o Raclopride combinado ao veículo. No entanto, os ratos que receberam o antagonista Raclopride (na dose de 0,5 mg/Kg), concomitantemente com a Apomorfina, demonstraram uma melhora na retenção da memória de longa duração. A análise conjunta dos resultados demonstra o envolvimento do sistema dopaminérgico na formação e consolidação da memória de reconhecimento, que não era amplamente estudada; e que este efeito se dá, principalmente, pelos receptores dopaminérgicos da família D1. Este trabalho poderá servir como base para estudos futuros sobre envelhecimento; já que foi demonstrado que o sistema estudado faz parte da formação da memória de reconhecimento, que está substancialmente afetada nesta fase da vida. Por conseguinte, através dos resultados apontados, poderão ser desenvolvidas novas estratégias terapêuticas para o controle de doenças neurodegenerativas, assim como testes de novas drogas com possível ação neuroprotetora.
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