Relação entre o uso de inibidor da enzima conversora de angiotensina e desfechos no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1618 |
Resumo: | INTRODUÇÃO : Os Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) tem se mostrado benéficos na prevenção de óbito, infarto e acidente vascular encefálico em pacientes portadores de doença arterial coronariana. Entre outros efeitos, atuam no controle da hipertensão arterial e do remodelamento cardíaco, diminuindo a progressão para insuficiência cardíaca. No entanto, não há consenso quanto à sua indicação em pacientes que serão submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO : Avaliar a relação entre o uso pré-operatório de IECA e desfechos clínicos após a realização da CRM. MÉTODOS : Estudo de coorte retrospectivo. Foram incluídos dados de 3.139 pacientes consecutivos que foram submetidos à CRM isolada em hospital terciário universitário brasileiro entre janeiro de 1996 e dezembro de 2009. O seguimento se deu até a alta hospitalar ou óbito. Desfechos clínicos no pós-operatório foram analisados entre os usuários e os não-usuários de IECA nos pré-operatório. RESULTADOS : Cinquenta e dois porcento (1.635) dos pacientes receberam IECA no pré-operatório. O uso de IECA no pré-operatório foi preditor independente de necessidade de suporte inotrópico (RC 1,24; IC 1,01-1,47; P=0,01), de insuficiência renal aguda (RC 1,23; IC 1,01-1,73; P=0,04) e de evolução para fibrilação atrial (RC 1,32; IC 1,02-1,7; P=0,03) no pós-operatório. A taxa de mortalidade entre os pacientes que receberam ou não IECA no pré-operatório foi semelhante (10,3 vs. 9,4%, P=0,436), bem como a incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico (15,6 vs. 15,0%, P=0,694; e 3,4 vs 3,5%, P=0,963, respectivamente). CONCLUSÃO : O uso pré-operatório de IECA foi associado a uma maior necessidade de suporte inotrópico no pós-operatório, bem como a uma maior incidência de IRA e FA, não estando associado a um aumento da taxa de IAM, AVE e óbito. |
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