Entre "Devoradores de slogans" e "Técnicos de plantão" : representações sociais e ideologias para manutenção da prisão
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/724 |
Resumo: | Esta tese buscou efetuar levantamentos dos repertórios simbólicos construídos acerca das pessoas presas, dos presos em potencial e da instituição prisional como personagens de livros, artigos e jornais. Empregamos a teoria das representações sociais como instrumento para a compreensão do estabelecimento das fronteiras entre as pessoas libertas e as pessoas presas e buscamos conhecer seus empregos ideológicos. Nossa problematização possui o intuito de contribuir para a discussão sobre a construção de protótipos, a formação de modelos e a cristalização de discursos que constroem ou mantém relações de dominação e sustentam a instituição prisional incrustada e inquestionada em nosso tempo, enquanto alternativa para manter a sensação de segurança e de ordem social. Trouxemos a tona nesse trabalho, três argumentos que, a nosso ver, são a base para a permanência histórica das prisões em nosso país: o primeiro deles seria a retórica reformista moderna, que gera a sensação de se estar sempre vivendo em um projeto inacabado de sociedade e que, por conseqüência, precisa ser continuado e aprimorado dentro da mesma lógica, até seu esgotamento; o segundo seria a permanência ou a perenização de uma ideologia prisional, que gira sempre em torno de si mesma, produzindo e sendo produzida por uma espécie de presenteísmo midiático alienante, inventor de crises instantâneas que descolam a instituição prisional de seu contexto sócio-histórico e alimentam a lógica da falta; e por fim, um terceiro aspecto, que se refere à estreita relação entre a história das prisões no Brasil e a antropologia criminal, com sua tomada do ser humano pela via do determinismo biológico e da patologia. |
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