Que é compreender? : estudo a partir de Hans-Georg Gadamer
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2836 |
Resumo: | Esta dissertação tem o objetivo de recriar o conceito de compreensão (Verstehen) na obra Verdade e Método de Hans-Georg Gadamer. Para ele, a compreensão consiste num atributo da experiência de mundo do ser humano. A tese é desenvolvida a partir de dois pressupostos: (i) o conceito de Lebenswelt de Husserl, o qual é condição de possibilidade de conhecimento: antes de ser sujeito cognoscente já se é objeto no mundo; (ii) a contribuição de Heidegger, na definição de fenomenologia como hermenêutica através da retomada do sentido do ser no Dasein, que é conhecida sob o nome de hermenêutica da facticidade. Primeiramente, tratase do modo de ser da obra de arte como parâmetro a fim de se investigar o fenômeno da compreensão. Assim como a experiência da obra de arte, o conceito de jogo possui um fim em si mesmo, que se configura enquanto o espectador (o jogador) envolve-se no espetáculo (no jogo). Posteriormente, trata-se de pensar o princípio da historicidade da compreensão, o qual inclui a substancialidade da historicidade do intérprete e a consciência do valor da tradição no ato de compreender textos. Aqui, a reabilitação do preconceito como condição de possibilidade do intérprete torna-se chave. Quando se diz da experiência hermenêutica querse referir à experiência da finitude humana que nunca é repetida, e está em constante processo de aprendizado. Por fim, trata-se do caráter da linguagem da compreensão como meio privilegiado da experiência hermenêutica. Especificamente, é na linguagem - como diálogo - que se mostra o caráter especulativo, no qual o sentido da coisa em questão mostra-se tal e qual ela é. Nela é que a compreensão encontra sua objetividade e, por isso, dá à compreensão o caráter de universalidade. Portanto, a finitude, a historicidade humana e o modo de ser linguagem são pressupostos da compreensão, os quais atuam no acontecer da compreensão e lhe dão o caráter de legitimidade ainda que não sejam demonstráveis. |
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