A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Rogério de
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/607
Resumo: Neste artigo começamos por salientar que a memória, ou mais precisamente uma estrutura institucionalizada de memória, tem hoje um valor estratégico e constitui um activo importante tanto para os indivíduos como para as organizações, tornando-se objecto de complexas disputas estratégicas. Mostra mos então que não existe institucionalização bem sucedida sem que os edifícios de sentido que aspiram à visibilidade social (pessoas e imagens públicas, caricaturas, marcas, tecnologias, formatos televisivos, projectos editoriais, ambições ou denegrições, etc.) se acolham em estruturas institucionalizadas de memória a que se encontram associadas formas de cotação social – como sejam, para falar apenas das mais inesperadas, os júris residentes ou anónimos de espectadores televisivos, os júris de festivais de publicidade, os clubes de fãs ou as claques desportivas. Sustentamos que é apenas nesse momento que os edifícios de sentido vêem o seu valor reconhecido. De outro modo, é a queda no inorgânico que os espera, isto é, o anonimato social, político ou económico.
id RCAP_00186f37e15cd319ed830be8d8b399fe
oai_identifier_str oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/607
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade públicaCOMUNICAÇÃOIDENTIDADECOMUNICAÇÃO ORGANIZACIONALSOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃOCOMMUNICATIONIDENTITYORGANIZATIONAL COMMUNICATIONSOCIOLOGY OF COMMUNICATIONNeste artigo começamos por salientar que a memória, ou mais precisamente uma estrutura institucionalizada de memória, tem hoje um valor estratégico e constitui um activo importante tanto para os indivíduos como para as organizações, tornando-se objecto de complexas disputas estratégicas. Mostra mos então que não existe institucionalização bem sucedida sem que os edifícios de sentido que aspiram à visibilidade social (pessoas e imagens públicas, caricaturas, marcas, tecnologias, formatos televisivos, projectos editoriais, ambições ou denegrições, etc.) se acolham em estruturas institucionalizadas de memória a que se encontram associadas formas de cotação social – como sejam, para falar apenas das mais inesperadas, os júris residentes ou anónimos de espectadores televisivos, os júris de festivais de publicidade, os clubes de fãs ou as claques desportivas. Sustentamos que é apenas nesse momento que os edifícios de sentido vêem o seu valor reconhecido. De outro modo, é a queda no inorgânico que os espera, isto é, o anonimato social, político ou económico.In this article we begin to stress that memory, more precisely an institutionalized structure of memory, has reached in our days a strategic value and constitutes an important asset both for individuals and organizations, having become the object of complex strategic disputes. We then show that there is no successful institutionalization process unless edifices of meaning that long for visibility (public ima ges, caricatures, brands, technologies, TV formats, editorial projects, ambitions, denigrations, etc.) are lodged in institutionalized structures of me mory that are associated with forms of social rating such as – and to mention only some unexpected ones – resident or anonymous juries of TV viewers, juries of advertising festivals, fan clubs or sports suppor ters. We argue that is only at this moment that edifices of meaning will see their value acknowledged. Other wise, a fall into the inorganic is awaiting them, a kind of social, political or economical anonymity.Edições Universitárias Lusófona2010-01-04T15:07:17Z2001-01-01T00:00:00Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/607por1645-2585Andrade, Rogério deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:09:04Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/607Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:16:10.289784Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
title A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
spellingShingle A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
Andrade, Rogério de
COMUNICAÇÃO
IDENTIDADE
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
COMMUNICATION
IDENTITY
ORGANIZATIONAL COMMUNICATION
SOCIOLOGY OF COMMUNICATION
title_short A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
title_full A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
title_fullStr A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
title_full_unstemmed A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
title_sort A memória disputada: anonimato e outros dramas da visibilidade pública
author Andrade, Rogério de
author_facet Andrade, Rogério de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Andrade, Rogério de
dc.subject.por.fl_str_mv COMUNICAÇÃO
IDENTIDADE
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
COMMUNICATION
IDENTITY
ORGANIZATIONAL COMMUNICATION
SOCIOLOGY OF COMMUNICATION
topic COMUNICAÇÃO
IDENTIDADE
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
COMMUNICATION
IDENTITY
ORGANIZATIONAL COMMUNICATION
SOCIOLOGY OF COMMUNICATION
description Neste artigo começamos por salientar que a memória, ou mais precisamente uma estrutura institucionalizada de memória, tem hoje um valor estratégico e constitui um activo importante tanto para os indivíduos como para as organizações, tornando-se objecto de complexas disputas estratégicas. Mostra mos então que não existe institucionalização bem sucedida sem que os edifícios de sentido que aspiram à visibilidade social (pessoas e imagens públicas, caricaturas, marcas, tecnologias, formatos televisivos, projectos editoriais, ambições ou denegrições, etc.) se acolham em estruturas institucionalizadas de memória a que se encontram associadas formas de cotação social – como sejam, para falar apenas das mais inesperadas, os júris residentes ou anónimos de espectadores televisivos, os júris de festivais de publicidade, os clubes de fãs ou as claques desportivas. Sustentamos que é apenas nesse momento que os edifícios de sentido vêem o seu valor reconhecido. De outro modo, é a queda no inorgânico que os espera, isto é, o anonimato social, político ou económico.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-01-01T00:00:00Z
2001
2010-01-04T15:07:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10437/607
url http://hdl.handle.net/10437/607
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1645-2585
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófona
publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófona
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131258781958144