Cogeração em regime de autoconsumo - Estudo de viabilidade técnico-económica

• Autor(a) principal: Castro, Paula Cristina da Silva
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/17019
• topic: Cogeração; Eficiência Energética; Autoconsumo; Viabilidade Técnico-Económica; Cogeneration; Energy Efficiency; Self-consumption; Technical-Economic Viability

O aumento das necessidades de consumo cada vez mais exigentes, que acompanha a evolução da atividade humana, requer indústrias mais responsivas e energeticamente eficientes, sem que isso signifique uma sobrecarga de custos para as mesmas e para o país. Desta forma, o conceito de produção combinada e descentralizada de energia elétrica e calor útil apresenta-se como uma alternativa às tradicionais formas de aproveitamento da energia primária, pois quando as necessidades térmicas e elétricas se justificam, a sua aplicação resulta em benefícios energéticos, socioeconómicos e ambientais. Começando a reconhecer o potencial da cogeração, o regime jurídico e remuneratório que regulamenta a sua atividade foi atualizado com a publicação do Decreto-Lei n.º 23/2010, tendo constituído um marco importante para o sector em Portugal. Contudo, os frutos da sua aplicação só começaram a ser notórios dois anos depois, quando o cálculo dos prémios e as tarifas de referência foram afixadas na Portaria n.º 140/2012, levando a uma suspensão dos investimentos e de decisões por parte dos promotores, que conduziu à diminuição da potência instalada em centrais de cogeração nesse período. Tendo em conta a desvalorização a que o sector da cogeração veio a assistir nos últimos anos, agravada com a crise económica que o país atravessou, a alternativa de gerar energia elétrica e térmica para autoconsumo nas próprias instalações passou a ganhar uma nova importância, principalmente após a introdução do Decreto-Lei n.º 68-A/2015. Posto isto, e tomando uma entidade industrial como caso de estudo, alimentada em alta tensão, que pretende maximizar a sua produção através de um maior aproveitamento da energia térmica no processo e, por sua vez, elevar a sua eficiência energética, surge esta avaliação técnico-económico de uma unidade de cogeração projetada em conformidade com as necessidades energéticas apresentadas pela mesma. O procedimento utilizado consistiu na simulação de dois cenários possíveis de aplicação. Calculadas as energias úteis recuperadas resultantes do balanço energético, seguira-se a determinação dos proveitos e custos inerentes ao sistema de cogeração, permitindo efetuar a analise de investimento do projeto e, assim, determinar a sua viabilidade económica. Por fim, os resultados obtidos comprovam a importância e o interesse de mercado que deve ser conferido ao sistema de cogeração, através de indicadores de viabilidade do projeto bastante atrativos, na ótica do investidor.