Autoconsumo (UPAC) e contratos de desempenho energético
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/9195 |
Resumo: | As energias renováveis têm sido alvo de grande interesse e estudo dos tempos atuais. A evolução da sociedade, maioritariamente devido ao estilo de vida moderno, evoluiu no sentido do aumento da procura de energia. Este investimento nas formas de geração de energia alternativa deveu-se não só ao aumento da procura, mas também à diminuição das reservas de combustíveis fósseis. Paralelamente, existem crescentes preocupações ambientais, dado o aquecimento global provocado pela emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE). A energia solar é a forma de energia mais abundante e inesgotável de todas as formas de energia renováveis. Por isso, a energia fotovoltaica tem desempenhado um papel promissor como forma de geração de energia alternativa. O objetivo principal desde projeto visou o estudo e desenvolvimento de uma central fotovoltaica para autoconsumo numa indústria agroalimentar. Para tal, foi efetuada inicialmente uma revisão bibliográfica da energia solar fotovoltaica, a sua evolução ao longo do tempo, assim como uma referência à legislação portuguesa quanto a esta forma de energia. Posteriormente, foi desenvolvida e descrita uma metodologia para um correto e mais apropriado dimensionamento da central fotovoltaica, de forma a clarificar quais os locais mais apropriados à instalação dos módulos fotovoltaicos. O objetivo secundário centrou-se na análise de viabilidade económica do projeto em causa e no estudo da possibilidade de celebração de um contrato de desempenho energético. O presente estudo permitiu dimensionar uma central de 673 kW pico de potência. Foi estimado, de forma conservadora, que a central produziria 926 MWh no primeiro ano, representando 36% das necessidades de energia elétrica da unidade industrial. A análise de viabilidade económica apresentou uma poupança anual de 104.830 €, permitindo um retorno do investimento em 6,3 anos. Por sua vez, a 25 anos, o projeto originaria um Valor Atual Líquido (VAL) de 810.478€ (taxa de desconto de 4%) e uma Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) de 15%. Concluiu-se ainda que o projeto apresenta viabilidade de financiamento por uma Empresa de Serviços Energéticos (ESE), através da celebração de um contrato de desempenho energético. Este teria a duração de 15 anos, com partilha de 10% dos resultados com a empresa. Do ponto de vista económico, este contrato permitiria um VAL de 113.060€ (taxa de desconto de 8%) e uma TIR de 11% para a ESE. Para a indústria estudada, para além de não apresentar encargos económicos iniciais, permitiria uma poupança energética adicional, no valor de 10.483€ para o primeiro ano, e de mais de 1.000.000€ acumulados no final do tempo de vida útil do sistema. |
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Por isso, a energia fotovoltaica tem desempenhado um papel promissor como forma de geração de energia alternativa. O objetivo principal desde projeto visou o estudo e desenvolvimento de uma central fotovoltaica para autoconsumo numa indústria agroalimentar. Para tal, foi efetuada inicialmente uma revisão bibliográfica da energia solar fotovoltaica, a sua evolução ao longo do tempo, assim como uma referência à legislação portuguesa quanto a esta forma de energia. Posteriormente, foi desenvolvida e descrita uma metodologia para um correto e mais apropriado dimensionamento da central fotovoltaica, de forma a clarificar quais os locais mais apropriados à instalação dos módulos fotovoltaicos. O objetivo secundário centrou-se na análise de viabilidade económica do projeto em causa e no estudo da possibilidade de celebração de um contrato de desempenho energético. O presente estudo permitiu dimensionar uma central de 673 kW pico de potência. Foi estimado, de forma conservadora, que a central produziria 926 MWh no primeiro ano, representando 36% das necessidades de energia elétrica da unidade industrial. A análise de viabilidade económica apresentou uma poupança anual de 104.830 €, permitindo um retorno do investimento em 6,3 anos. Por sua vez, a 25 anos, o projeto originaria um Valor Atual Líquido (VAL) de 810.478€ (taxa de desconto de 4%) e uma Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) de 15%. Concluiu-se ainda que o projeto apresenta viabilidade de financiamento por uma Empresa de Serviços Energéticos (ESE), através da celebração de um contrato de desempenho energético. Este teria a duração de 15 anos, com partilha de 10% dos resultados com a empresa. Do ponto de vista económico, este contrato permitiria um VAL de 113.060€ (taxa de desconto de 8%) e uma TIR de 11% para a ESE. Para a indústria estudada, para além de não apresentar encargos económicos iniciais, permitiria uma poupança energética adicional, no valor de 10.483€ para o primeiro ano, e de mais de 1.000.000€ acumulados no final do tempo de vida útil do sistema.A great deal of research and interest has been placed in renewable energy in current days. The evolution of society, mainly caused by modern lifestyle, has evolved towards growing demand of energy. This investment in new types of alternative energy was caused, not only due to the growing demand, but also because of fossil fuels depletion, coupled with increasing environmental concern, given the gas emission, the major cause for global warning. The solar energy is the most abundant and inexhaustible of all types of renewable energy. Therefore, photovoltaic energy is gaining a role as one of the most promising energy generation alternatives. The main goal of this project was to study and develop a self-consumption photovoltaic system in an agro-alimentary industry. Primarily was developed a concept review of photovoltaic solar energy, as its evolution towards time, as well as a reference to Portuguese legislation closely related to this type of energy. Posteriorly a methodology was developed to perform a photovoltaic system correct and appropriate scaling, towards clarifying witch location was the most suitable to install the photovoltaic modules. The secondary objective was centered in the project economic viability analysis, and the study of a possible energy performance contract. In this project, a photovoltaic system was dimensioned with a peak power of 673 kW. In a conservative manner, it was estimated that the photovoltaic system produced 926 MWh in its first year, corresponding to 36% of the industrial unit electric energy needs. The economic viability analysis reported annual savings of 104.830 €, allowing a return on investment in 6.3 years. On the other hand, in 25 years, the project would originate a Net Present Value (NPV) of 810.478 € (with a discount rate of 4%), and a Rate of return (IRR) of 15%. It was also concluded that the project has financial viability for the investment of an energy services company, throughout a 15 year long contract of energy performance, with 10% of profit shared with the company. This contract would allow a NPV of 113.060 € (with a discount tax of 8%) and an IRR of 11% for the energy services company. To the studied industry, in addition to not having initial economic charges, this project would allow an additional first year energy savings of 10.483€, and a total of 1.000.000 € at the end of the system useful life span.Castanheira, Luis Filipe CaeiroRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoGuedes, Joaquim Manuel Soares2017-01-11T11:02:34Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/9195TID:201552256porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:50:21Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/9195Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:29:49.395375Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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As energias renováveis têm sido alvo de grande interesse e estudo dos tempos atuais. A evolução da sociedade, maioritariamente devido ao estilo de vida moderno, evoluiu no sentido do aumento da procura de energia. Este investimento nas formas de geração de energia alternativa deveu-se não só ao aumento da procura, mas também à diminuição das reservas de combustíveis fósseis. Paralelamente, existem crescentes preocupações ambientais, dado o aquecimento global provocado pela emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE). A energia solar é a forma de energia mais abundante e inesgotável de todas as formas de energia renováveis. Por isso, a energia fotovoltaica tem desempenhado um papel promissor como forma de geração de energia alternativa. O objetivo principal desde projeto visou o estudo e desenvolvimento de uma central fotovoltaica para autoconsumo numa indústria agroalimentar. Para tal, foi efetuada inicialmente uma revisão bibliográfica da energia solar fotovoltaica, a sua evolução ao longo do tempo, assim como uma referência à legislação portuguesa quanto a esta forma de energia. Posteriormente, foi desenvolvida e descrita uma metodologia para um correto e mais apropriado dimensionamento da central fotovoltaica, de forma a clarificar quais os locais mais apropriados à instalação dos módulos fotovoltaicos. O objetivo secundário centrou-se na análise de viabilidade económica do projeto em causa e no estudo da possibilidade de celebração de um contrato de desempenho energético. O presente estudo permitiu dimensionar uma central de 673 kW pico de potência. Foi estimado, de forma conservadora, que a central produziria 926 MWh no primeiro ano, representando 36% das necessidades de energia elétrica da unidade industrial. A análise de viabilidade económica apresentou uma poupança anual de 104.830 €, permitindo um retorno do investimento em 6,3 anos. Por sua vez, a 25 anos, o projeto originaria um Valor Atual Líquido (VAL) de 810.478€ (taxa de desconto de 4%) e uma Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) de 15%. Concluiu-se ainda que o projeto apresenta viabilidade de financiamento por uma Empresa de Serviços Energéticos (ESE), através da celebração de um contrato de desempenho energético. Este teria a duração de 15 anos, com partilha de 10% dos resultados com a empresa. Do ponto de vista económico, este contrato permitiria um VAL de 113.060€ (taxa de desconto de 8%) e uma TIR de 11% para a ESE. Para a indústria estudada, para além de não apresentar encargos económicos iniciais, permitiria uma poupança energética adicional, no valor de 10.483€ para o primeiro ano, e de mais de 1.000.000€ acumulados no final do tempo de vida útil do sistema. |
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