Mastoidite aguda. Experiência de 7 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Cecília
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Lopes, Ana, Marques, Eduarda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2008.4539
Resumo: Introdução: A mastoidite aguda, ainda que rara, é a complicação mais frequente da otite média aguda (OMA). Desde a introdução dos antibióticos, a sua incidência diminuiu, no entanto, ultimamente tem-se assistido a um aumento da sua frequência. Objectivos: Estudar a frequência do internamento por mastoidite aguda no nosso Serviço, nos últimos sete anos, sob diferentes vertentes (clínica, analítica, imagiológica e terapêutica) e avaliar o papel da imagiologia no diagnóstico desta entidade. Material e métodos: Revisão casuística dos casos de internamento por mastoidite em 1999-2005. Para diagnóstico considerou-se: a clínica, com evidência de sinais inflamatórios retroauriculares e a imagiologia, com achados típicos desta patologia. Resultados: Durante este período foram diagnosticados 33 casos de mastoidite aguda. A idade de apresentação foi entre os cinco meses e dez anos, com um pico nos primeiros três anos de vida. História de OMA foi descrita em 94% dos casos, destes, 48% foram submetidos a antibioticoterapia prévia. Febre e sinais inflamatórios retro-auriculares foram as queixas mais frequentes. Em 12% dos casos verificou-se que não havia manifestações clínicas, no entanto, as crianças foram medicadas por evidência imagiológica de mastoidite. Leu cocitose foi evidente em 64% dos casos e a proteína C reactiva teve uma mediana de 5,74 mg/dl. Todos os doentes foram internados para efectuar antibioticoterapia endovenosa e apenas uma criança teve necessidade de ser submetida a intervenção cirúrgica. Conclusões: Contrariamente ao inicialmente esperado, a frequência de internamentos por mastoidite aguda no nosso Serviço não parece ter aumentado. A partir da análise dos resultados obtidos, parece razoável afirmar que a imagiologia se deve realizar, apenas, na suspeita de complicações ou no agravamento do quadro clínico.
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