Endogamia e exogamia das alianças matrimoniais numa formação social de montanha : a freguesia de Cortes do Meio na Serra da Estrela
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1992 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/66656 |
Resumo: | A investigação que procurámos concretizar, insere-se num dos domínios da antropologia do parentesco que tem contribuído grandemente para o estudo das sociedades ditas tradicionais : o campo das trocas matrimoniais . Foi nosso objectivo analisar a forma como se processaram as alianças matrimoniais , durante determinado período, numa sociedade de montanha com características de relativo isolamento geográfico. 0 local de investigação escolhido, foi a freguesia de Cortes do Meio, uma formação social que ocupa um dos vales de Serra da Estrela e que se divide em três núcleos aldeãos descontínuos no espaço: Cortes de Baixo, Cortes do Meio e Bouça . Foi no espaço geográfico desta freguesia que tentámos evidenciar, por ura lado, as direccôes espaciais tomadas pelas alianças matrimoniais realizadas entre 1810 e 1930, por outro, determinar a categoria de parentes no seio da qual se processaram, preferencialmente , determinado número de casamentos. Procurámos também, perceber as correlações aparentes entre a distância espacial dos lugares de nascimento e a distancia do grau de parentesco, na escolha do cônjuge ideal. As alianças observadas numa estrutura complexa de parentesco, típica das sociedades ocidentais, permitem pensar que em Cortes do Meio a escolha do cônjuge é deixada à iniciativa individual , obedecendo unicamente à lei da proibição do incesto. Mas, apesar dos sistemas complexos de parentesco serem caracterizados por Lévi-Strauss (1982) pela ausência de uniões preferenciais ou prescritivas , este autor colocou a questão de saber se não existirá também, nestes sistemas, certas regularidades deste tipo nas trocas matrimoniais . Ao existirem, podem tornar-se manifestas, se observarmos um número significativo de gerações de casamentos. |
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Endogamia e exogamia das alianças matrimoniais numa formação social de montanha : a freguesia de Cortes do Meio na Serra da EstrelaSociedade ruralDemografiaCortes do Meio (conc. da Covilhã, Portugal) |CasamentoEndogamiaExogamiaDomínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasA investigação que procurámos concretizar, insere-se num dos domínios da antropologia do parentesco que tem contribuído grandemente para o estudo das sociedades ditas tradicionais : o campo das trocas matrimoniais . Foi nosso objectivo analisar a forma como se processaram as alianças matrimoniais , durante determinado período, numa sociedade de montanha com características de relativo isolamento geográfico. 0 local de investigação escolhido, foi a freguesia de Cortes do Meio, uma formação social que ocupa um dos vales de Serra da Estrela e que se divide em três núcleos aldeãos descontínuos no espaço: Cortes de Baixo, Cortes do Meio e Bouça . Foi no espaço geográfico desta freguesia que tentámos evidenciar, por ura lado, as direccôes espaciais tomadas pelas alianças matrimoniais realizadas entre 1810 e 1930, por outro, determinar a categoria de parentes no seio da qual se processaram, preferencialmente , determinado número de casamentos. Procurámos também, perceber as correlações aparentes entre a distância espacial dos lugares de nascimento e a distancia do grau de parentesco, na escolha do cônjuge ideal. As alianças observadas numa estrutura complexa de parentesco, típica das sociedades ocidentais, permitem pensar que em Cortes do Meio a escolha do cônjuge é deixada à iniciativa individual , obedecendo unicamente à lei da proibição do incesto. Mas, apesar dos sistemas complexos de parentesco serem caracterizados por Lévi-Strauss (1982) pela ausência de uniões preferenciais ou prescritivas , este autor colocou a questão de saber se não existirá também, nestes sistemas, certas regularidades deste tipo nas trocas matrimoniais . Ao existirem, podem tornar-se manifestas, se observarmos um número significativo de gerações de casamentos.Santos, Armindo dosO´Neill, BrianRUNEsteves, Judite Maria Nunes2019-04-15T10:23:46Z19921992-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/66656porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:31:41Zoai:run.unl.pt:10362/66656Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:34:32.530918Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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