Proteger os trabalhadores da saúde contra o SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrinho, P
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Castro, Joana Vidal, Sidat, M, Mansinho, Kamal, Correia, Artur, Carlos, Masseca, Neves, Clotilde, Fernando Passos Cupertino, Barros
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/116499
Resumo: A COVID-19 é uma séria ameaça à capacidade de resposta dos serviços de saúde. Neste contexto espera-se que os trabalhadores de saúde (TdS) laborem longas horas, sob grande pressão profissional, familiar e emocional, com recursos muitas vezes inadequados, enquanto aceitam os perigos inerentes à atividade, à proximidade com pessoas infeciosas, aos perigos inseparáveis dos ambientes de trabalho. O impacto na pandemia reflete-se nos TdS enquanto indivíduos, mas também afeta as suas famílias, quer relativamente ao menor tempo disponível quer ao nível da saúde mental. Fatores como a quantidade, o custo, a disponibilidade bem como a falta de hábito no uso de equipamentos de proteção individual (EPI) condicionam a sua utilização pelos TdS. A utilização de EPI não é proteção suficiente se não for acompanhada da adoção de outras medidas de controlo de infeção, como a higienização das mãos e distanciamento físico entre funcionários em todas as situações. Deve também ser dada prioridade à testagem de TdS. A pandemia desafia os sistemas de saúde a uma adaptação dinâmica na gestão dos recursos existentes, com um especial enfoque nos sistemas de informação. Os serviços digitalizados ou de telemedicina podem potencialmente reduzir o contato com o paciente e, portanto, os riscos de infeção por SARS-CoV-2. Na perspetiva de uma vacina contra o SARS-CoV-2 para breve, os TdS deverão estar entre os grupos prioritários para a receber. Os TdS são dos recursos mais importantes de um país, pelo que há que cuidar destes profissionais em todos os aspetos nas organizações de saúde, para que os TdS estejam em melhores condições de responder às exigências desta pandemia e outras que eventualmente irão ocorrer no futuro. A pandemia não reconhece fronteiras. Devendo ser abordada de forma a fortalecer uma colaboração internacional que possibilite a solidariedade e a partilha equitativa de recursos. COVID-19 is a serious threat to the responsiveness of health services. In this context, health workers (HW) are expected to work long hours, under great professional, family and emotional pressure, with resources often inadequate, while accepting the dangers inherent in the activity, the proximity to infectious people, inseparable dangers of work environments.The impact of the pandemic is reflected in HW as individuals, but it also affects their families, both in terms of less time available and in terms of mental health. Factors such as quantity, cost, availability as well as the lack of habit of use of personal protective equipment (PPE) affects its use by HW. The use of PPE is not sufficient protection if not accompanied by the adoption of other infection control measures, such as hand hygiene and physical distance. Priority should also be given to testing H W. The pandemic challenges health systems to a dynamic adaptation in the management of existing resources, with a special focus on information systems. Telemedicine services can potentially reduce direct contact with the patients and, therefore, the risk of SARS-CoV-2 infection. In the perspective of a SARS-CoV-2 vaccine soon, HW should be among the priority groups to receive it .HW are one of the most important resources in a country, so it is necessary to take care of these professionals in all aspects in health organizations, so that HW are able to respond to the demands of this pandemic and others that will eventually occur in the future. The pandemic does not recognize borders. It must be addressed in a way that strengthens international collaboration that enables solidarity and equitable resource sharing.
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