Rela??es de Vincula??o dos Jovens Institucionalizados com os Cuidadores Formais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Anabela dos
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Sim?es, S?nia (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://dspace.ismt.pt/xmlui/handle/123456789/408
Resumo: No quadro da teoria da vincula??o, ? poss?vel estabelecer rela??es de vincula??o ao longo de toda a vida, sendo que, apesar dos jovens institucionalizados rejeitarem estabelecer novas rela??es de vincula??o numa fase inicial, acabam por procur?-las, desde que essa figura desempenhe fun??es de cuidador responsivo, de modo est?vel e apoiante. Este estudo tem como objetivo principal perceber se as crian?as e jovens acolhidos em Lares de Inf?ncia e Juventude (LIJ) estabelecem rela??es de vincula??o com os cuidadores formais e compreender como essa rela??o foi constru?da. Foram utilizados os question?rios Important People Interview (IPI; Kobak e Rosenthal, 2010) e Hierarquiza??o das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV), criado para incluir os jovens que consideram n?o terem desenvolvido rela??es de vincula??o com os cuidadores formais do LIJ. Foi, ainda, realizada uma entrevista semiestruturada. Apesar de usarmos uma metodologia quantitativa para an?lise dos resultados dos dois primeiros question?rios, esta investiga??o prima sobretudo pela abordagem qualitativa, atrav?s do recurso ? t?cnica de an?lise conte?do das entrevistas. O estudo foi realizado no LIJ ?Comunidade Juvenil de S?o Francisco de Assis?, localizado em Coimbra, contando com a participa??o de 16 jovens de ambos os g?neros, com idades entre os 13 e os 19 anos (M=16; DP=1,8), com tempo de perman?ncia no LIJ igual ou superior a 2 anos cont?nuos. Estes 16 jovens constituem a amostra total da investiga??o, sobre a qual incidiu a primeira parte do estudo (abordagem quantitativa), ao que se seguiu a segunda parte do estudo (abordagem qualitativa), que contou com a participa??o de uma subamostra de 11 jovens, pertencentes ? amostra total. Os resultados sugerem que a maioria dos jovens estabeleceu rela??es de vincula??o com os cuidadores formais do LIJ, sendo que a maioria das hierarquias das figuras de vincula??o foram constitu?das com base nos la?os de familiaridade e na liga??o afetiva com os seus cuidadores formais. Os jovens destacaram a compreensibilidade, confiabilidade e disponibilidade para o aux?lio como sendo as caracter?sticas que determinaram a sua prefer?ncia em rela??o aos cuidadores formais do LIJ. Refira-se, ainda, que as situa??es que ativam a procura destas figuras est?o relacionadas com a necessidade de apoio e prote??o. O presente estudo sugere que ? poss?vel um LIJ promover rela??es semelhantes ?s desenvolvidas em meio familiar e atuar de forma reparadora ao n?vel das rela??es de vincula??o. / In the attachment theory framework, one can establish attachment relationships throughout one's life. In the case of institutionalized youngsters, even though at first they seem to refuse new attachment relationships, these adolescents end up looking for them, if the person is perceived as a responsive, stable and supportive caregiver. The main goal of this study is to understand whether children and young people taken into Child and Youth Residential Care establish attachment relationships with formal caregivers and, if so, understand how that relationship is built. We have used the questionnaires Important People Interview (IPI; Kobak & Rosenthal, 2010) and Hierarquiza??o das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV) (Hierarchization of Significant Figures by Life Fields), created to include the youngsters who consider not have developed attachment relations with Residential Care's formal caregivers. We have also conducted a semi-structured interview. Even though we used a quantitative methodology to process the results of the two inquiries, this research nevertheless privileges a qualitative approach, thorough the technique of analysis of interview content. The study was conducted at the ?Comunidade Juvenil de S?o Francisco de Assis? residential care institution, in Coimbra, Portugal. It had the participation of 16 youngsters of both genders, with ages between 13 and 19 (M=16; DP=1,8), who had been staying at the home for two or more years, non-interrupted. These 16 adolescents are therefore the total sample for this study, and all of them were submitted to the first part (the quantitative approach) of the research. For the second part (the qualitative approach) we worked with a subsample of 11 youngsters, chosen from the initial sample of 16. Results suggest that most young people have indeed developed attachment relationships with residential care's formal caregivers, and most hierarchies of attachment figures were built based on familiarity and affection bonds with their formal caregivers. The subjects have highlighted understanding, trustworthiness and helpfulness as the features that best determine their preference regarding formal caregivers. We must note that the need for protection and support is what enables young people to look out for attachment figures the most. The current study suggests that it is possible for Child and Youth Residential Care to promote relationships similar to those developed in family environment and acts as repairing in what concerns attachment relationships.
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O presente estudo sugere que ? poss?vel um LIJ promover rela??es semelhantes ?s desenvolvidas em meio familiar e atuar de forma reparadora ao n?vel das rela??es de vincula??o. / In the attachment theory framework, one can establish attachment relationships throughout one's life. In the case of institutionalized youngsters, even though at first they seem to refuse new attachment relationships, these adolescents end up looking for them, if the person is perceived as a responsive, stable and supportive caregiver. The main goal of this study is to understand whether children and young people taken into Child and Youth Residential Care establish attachment relationships with formal caregivers and, if so, understand how that relationship is built. We have used the questionnaires Important People Interview (IPI; Kobak & Rosenthal, 2010) and Hierarquiza??o das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV) (Hierarchization of Significant Figures by Life Fields), created to include the youngsters who consider not have developed attachment relations with Residential Care's formal caregivers. We have also conducted a semi-structured interview. Even though we used a quantitative methodology to process the results of the two inquiries, this research nevertheless privileges a qualitative approach, thorough the technique of analysis of interview content. The study was conducted at the ?Comunidade Juvenil de S?o Francisco de Assis? residential care institution, in Coimbra, Portugal. It had the participation of 16 youngsters of both genders, with ages between 13 and 19 (M=16; DP=1,8), who had been staying at the home for two or more years, non-interrupted. These 16 adolescents are therefore the total sample for this study, and all of them were submitted to the first part (the quantitative approach) of the research. For the second part (the qualitative approach) we worked with a subsample of 11 youngsters, chosen from the initial sample of 16. Results suggest that most young people have indeed developed attachment relationships with residential care's formal caregivers, and most hierarchies of attachment figures were built based on familiarity and affection bonds with their formal caregivers. The subjects have highlighted understanding, trustworthiness and helpfulness as the features that best determine their preference regarding formal caregivers. We must note that the need for protection and support is what enables young people to look out for attachment figures the most. The current study suggests that it is possible for Child and Youth Residential Care to promote relationships similar to those developed in family environment and acts as repairing in what concerns attachment relationships.ISMT2014-10-13T09:57:07Z2014-10-132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://dspace.ismt.pt/xmlui/handle/123456789/408TID:201182610porhttp://dspace.ismt.pt/xmlui/handle/123456789/408Santos, Anabela dosSim?es, S?nia (Orientadora)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T14:57:41Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/408Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:53:37.246427Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Apesar de usarmos uma metodologia quantitativa para an?lise dos resultados dos dois primeiros question?rios, esta investiga??o prima sobretudo pela abordagem qualitativa, atrav?s do recurso ? t?cnica de an?lise conte?do das entrevistas. O estudo foi realizado no LIJ ?Comunidade Juvenil de S?o Francisco de Assis?, localizado em Coimbra, contando com a participa??o de 16 jovens de ambos os g?neros, com idades entre os 13 e os 19 anos (M=16; DP=1,8), com tempo de perman?ncia no LIJ igual ou superior a 2 anos cont?nuos. Estes 16 jovens constituem a amostra total da investiga??o, sobre a qual incidiu a primeira parte do estudo (abordagem quantitativa), ao que se seguiu a segunda parte do estudo (abordagem qualitativa), que contou com a participa??o de uma subamostra de 11 jovens, pertencentes ? amostra total. Os resultados sugerem que a maioria dos jovens estabeleceu rela??es de vincula??o com os cuidadores formais do LIJ, sendo que a maioria das hierarquias das figuras de vincula??o foram constitu?das com base nos la?os de familiaridade e na liga??o afetiva com os seus cuidadores formais. Os jovens destacaram a compreensibilidade, confiabilidade e disponibilidade para o aux?lio como sendo as caracter?sticas que determinaram a sua prefer?ncia em rela??o aos cuidadores formais do LIJ. Refira-se, ainda, que as situa??es que ativam a procura destas figuras est?o relacionadas com a necessidade de apoio e prote??o. O presente estudo sugere que ? poss?vel um LIJ promover rela??es semelhantes ?s desenvolvidas em meio familiar e atuar de forma reparadora ao n?vel das rela??es de vincula??o. / In the attachment theory framework, one can establish attachment relationships throughout one's life. In the case of institutionalized youngsters, even though at first they seem to refuse new attachment relationships, these adolescents end up looking for them, if the person is perceived as a responsive, stable and supportive caregiver. The main goal of this study is to understand whether children and young people taken into Child and Youth Residential Care establish attachment relationships with formal caregivers and, if so, understand how that relationship is built. We have used the questionnaires Important People Interview (IPI; Kobak & Rosenthal, 2010) and Hierarquiza??o das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV) (Hierarchization of Significant Figures by Life Fields), created to include the youngsters who consider not have developed attachment relations with Residential Care's formal caregivers. We have also conducted a semi-structured interview. 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Results suggest that most young people have indeed developed attachment relationships with residential care's formal caregivers, and most hierarchies of attachment figures were built based on familiarity and affection bonds with their formal caregivers. The subjects have highlighted understanding, trustworthiness and helpfulness as the features that best determine their preference regarding formal caregivers. We must note that the need for protection and support is what enables young people to look out for attachment figures the most. The current study suggests that it is possible for Child and Youth Residential Care to promote relationships similar to those developed in family environment and acts as repairing in what concerns attachment relationships.
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