Mecanismos de resolução de litígios com investidores e direito da União Europeia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/44782 |
Resumo: | A presente dissertação examina a relação que se tem vindo a estabelecer entre mecanismos de resolução de litígios com investidores e a ordem jurídica europeia. A matéria encontra-se ainda pouco estudada em Portugal, mas levanta problemas relevantes sobre as competências da União Europeia, qual o papel que entidades privadas devem ter na administraçãoo da Justiça e até que ponto o interesse público legitima as opções do legislador. Começa por sintetizar os vários meios de resolução de diferendos que constituem uma opção para os investidores estrangeiros em geral, e quais as suas vantagens e desvantagens. Podemos dividir os meios de resolução de litígios com investidores entre meios jurisdicionais e meios não jurisdicionais. De notar que os meios não jurisdicionais não têm uma relação conflituosa com as normas europeias, dado que o seu resultado não obriga as partes. Considerámos que os mesmos deveriam ainda assim ser mencionados, dado que constituem uma opção para os investidores. De seguida foca-se, da perspetiva da celebração de acordos de investimento que configurem uma oferta de submeter litígios de investimento à arbitragem de investimento, em dois aspetos no qual a mesma e o Direito da União Europeia se podem tornar incompatíveis, e como deve ser resolvida essa potencial incompatibilidade. A arbitragem de investimento tornou-se o paradigma no que toca à resolução de diferendos com investidores. No entanto, a insatisfação com este estado de coisas tem crescido, e atualmente este meio de resolução está a passar por uma crise de legitimidade. É neste contexto que surge a nova abordagem adotada pela União Europeia no que toca aos meios de resolução de litígios com investidores previstos em sede de acordos de investimento. A dissertação termina com a análise da natureza jurídica dos mecanismos de resolução de litígios com investidores previstos no Acordo CETA e no Acordo TTIP, realçando possíveis problemas jurídicos que esta nova abordagem europeia possa colocar. |
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De notar que os meios não jurisdicionais não têm uma relação conflituosa com as normas europeias, dado que o seu resultado não obriga as partes. Considerámos que os mesmos deveriam ainda assim ser mencionados, dado que constituem uma opção para os investidores. De seguida foca-se, da perspetiva da celebração de acordos de investimento que configurem uma oferta de submeter litígios de investimento à arbitragem de investimento, em dois aspetos no qual a mesma e o Direito da União Europeia se podem tornar incompatíveis, e como deve ser resolvida essa potencial incompatibilidade. A arbitragem de investimento tornou-se o paradigma no que toca à resolução de diferendos com investidores. No entanto, a insatisfação com este estado de coisas tem crescido, e atualmente este meio de resolução está a passar por uma crise de legitimidade. É neste contexto que surge a nova abordagem adotada pela União Europeia no que toca aos meios de resolução de litígios com investidores previstos em sede de acordos de investimento. A dissertação termina com a análise da natureza jurídica dos mecanismos de resolução de litígios com investidores previstos no Acordo CETA e no Acordo TTIP, realçando possíveis problemas jurídicos que esta nova abordagem europeia possa colocar.This dissertation examines the relation that has been established between investment dispute settlement mechanisms and the european legal order. This theme has not been object of much study in Portugal, but it is very relevant, considering it allows to us to deal with questions like the European Union competences, which part should private entities play in the administration of Justice and if the prosecution of public interest legitimizes the decisions of States. It begins with an enunciation of the several dispute settlement mechanisms that are available for foreign investors in general, and the advantages and disadvantages of which mechanism. We can divide investment dispute settlement mechanisms in two categories, jurisdictional dispute settlement mechanisms and non jurisdictional dispute settlement mechanisms. Non jurisdictional dispute settlement mechanisms don’t have a problematic relation with european norms, considering the result of the process is not binding. We chose to analyse them nevertheless, because they are an option for investors. Afterwards, it focusses, from the perspective of the celebration of investment agreements that allow the investor to initiate an arbitral proceeding, on two matters where investment agreements and European Union Law may become incompatible, and how to solve this potential incompatibility. Investment arbitration has become the rule when it comes to investment dispute settlement mechanisms. However, the satisfaction with this dispute resolution mechanism has decreased, and investment arbitration is suffering from a crisis of legitimacy. In this context, the European Union has adopted a new policy regarding investment dispute settlement mechanisms and investment treaties. The dissertation ends with an analysis of the new european approach to investment arbitration, and the legal nature of the investment dispute settlement mechanisms created by the TTIP and CETA Agreements, signalising potential legal issues that this new approach may create.Pinheiro, Luís de LimaRepositório da Universidade de LisboaSilva, Maria Antónia Mata Antunes da2020-11-04T14:52:54Z2020-05-102020-05-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/44782porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:46:02Zoai:repositorio.ul.pt:10451/44782Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:57:17.294955Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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