Outros homens, outros tempos e outros lugares : os livros dos outros e os outros nos livros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/CITCEM/article/view/4766 |
Resumo: | Entre nós e os outros começa por haver insuperáveis diferenças, já que não há duas pessoas iguais. Séculos de leituras repetidas provam bem que os mesmos livros atravessam os tempos e deixam marcas diversas em cada leitor, porque quem escreve e quem lê jamais viverá separado. Esses outros, que não nós, viajaram noutros tempos e habitaram outros lugares que, apesar de não serem nossos, nossos se tornaram. Tal aconteceu, naturalmente, com Saint-John Perse, Italo Calvino, Roald Dahl, Níkos Kazantzákis e Victor Hugo, entre tantos outros. O que podem ter de comum consagrados nomes da literatura, uns e outros em busca permanente, multiplicando-se em personagens? Procuram o quê? Talvez a razão da existência… O que é que Hermann Hesse e Romain Gary, por exemplo, entendiam poderem ser a felicidade e o amor? O poder da palavra escrita, registada pela mão de todos esses outros a quem tanto devemos, encarregou-se de eliminar fronteiras e de fazer de cada um de nós um outro, se não mesmo o outro. A ideia subjacente a este texto tem, sobretudo, como propósito suscitar uma reflexão sobre o alcance da imaginação criadora que nos faz penetrar em bibliotecas irreais,ora cativantes,ora assustadoras,porém inesquecíveis. |
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Outros homens, outros tempos e outros lugares : os livros dos outros e os outros nos livrosEntre nós e os outros começa por haver insuperáveis diferenças, já que não há duas pessoas iguais. Séculos de leituras repetidas provam bem que os mesmos livros atravessam os tempos e deixam marcas diversas em cada leitor, porque quem escreve e quem lê jamais viverá separado. Esses outros, que não nós, viajaram noutros tempos e habitaram outros lugares que, apesar de não serem nossos, nossos se tornaram. Tal aconteceu, naturalmente, com Saint-John Perse, Italo Calvino, Roald Dahl, Níkos Kazantzákis e Victor Hugo, entre tantos outros. O que podem ter de comum consagrados nomes da literatura, uns e outros em busca permanente, multiplicando-se em personagens? Procuram o quê? Talvez a razão da existência… O que é que Hermann Hesse e Romain Gary, por exemplo, entendiam poderem ser a felicidade e o amor? O poder da palavra escrita, registada pela mão de todos esses outros a quem tanto devemos, encarregou-se de eliminar fronteiras e de fazer de cada um de nós um outro, se não mesmo o outro. A ideia subjacente a este texto tem, sobretudo, como propósito suscitar uma reflexão sobre o alcance da imaginação criadora que nos faz penetrar em bibliotecas irreais,ora cativantes,ora assustadoras,porém inesquecíveis.FLUP-CITCEM2018-09-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/CITCEM/article/view/4766oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/4766CEM Cultura, Espaço & Memória; N.º 6 (2015): CEM2182-1097reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/CITCEM/article/view/4766https://ojs.letras.up.pt/index.php/CITCEM/article/view/4766/4452Direitos de Autor (c) 2018 CEM Cultura, Espaço & Memóriainfo:eu-repo/semantics/openAccessLeite, Isabel2022-09-05T12:38:17Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/4766Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:00:39.788165Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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