Perfil de cuidadores formais não qualificados em instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheira, Vítor
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Beringuilho, F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.11/6526
Resumo: INTRODUÇÃO: Nas instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosas a maioria dos profissionais são cuidadores formais não qualificados, responsáveis pela maior parte dos cuidados prestados, que têm um papelfundamental na satisfação das necessidades da população idosa institucionalizada que é, normalmente, a que apresenta maiores necessidades de apoio por limitações funcionais, por quebra das redes familiares e sociais de suporte e com quadros de pluri-patologiaque se traduzem muitas vezes em níveis elevados de dependência e de necessidade de apoio. OBJECTIVOS: avaliar o perfil sociodemográfico, níveis de formação e de qualidade de vida de cuidadores formais de instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosase perceber a relação entre a existência de formação e os níveis de qualidade de vida. MÉTODOS: estudo exploratório, descritivo, correlacional e transversal, com uma amostra de 254 indivíduos, de 15 instituições da região de Castelo Branco. Foi aplicado um questionáriopara recolha de dados sóciodemográficos, perfil de escolaridade e de formação,e oo WHOQOL-BREF para avaliara qualidade de vida destes cuidadores formais prestadores de cuidado directo a pessoas idosas. Avaliaram-se ainda algumas características da formação realizada, definidas de acordo com os descritores dascompetências-chave destes profissionais. RESULTADOS: A amostra é exclusivamente feminina com uma média de idades de 44,12 anos (SD=10,24), maioritariamente casada (71,5%) e com filhos (85%). 68,3% tem escolaridade até aos 3º ciclo (9 anos de escolaridade) e a formação técnico-profissional é residual (6,7%).Em média exercem actividade na instituição onde trabalham há 7 anos. 76,2% refere ter formação na área de trabalho, sendo esta formação realizada maioritariamente no local de trabalho (65,1%) e, em algumas competências básicas (“Higienização e conforto”, “Cuidados humanos básicos” e “Técnicas de mobilização, posicionamento e transferência de utentes”) foi em mais de 40% dos casos realizada por colegas com a mesma categoria e que exercem as mesmas funções.Em todas as dimensões do instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida da amostra (WHOQOL- BREF), as pontuações obtidas são mais baixas que as obtidas por um grupo de indivíduos saudáveis no estudo de validação do instrumento para a população portuguesa.Verificaram-se melhores níveis de QV no domínio Físico (p= 0,038), Psicológico (p=0,003) e Social (p=0,009) em indivíduos que referem possuir formação na área em que trabalham. CONCLUSÃO: os resultados encontrados evidenciam a necessidadede reflexão sobre o perfil destes trabalhadores, na preparação para as funções que exercem e na sua capacidade de resposta às necessidades das pessoas idosas, como contributo para a melhoria dos cuidados que prestados.
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