CUIDADORES DOMICILIARES DE IDOSOS: QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICAS NO PROCESSO DE CUIDAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Liliane Cristina
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Garbin, Cléa Adas Saliba, Moimaz, Suzely Adas Saliba, Saliba, Tânia Adas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/104105
Resumo: Objetivou-se avaliar a autopercepção da qualidade de vida dos cuidadores de idosos e conhecer as práticas no processo de cuidar. A amostra foi composta por 194 cuidadores domiciliares de idosos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, utilizando um roteiro semiestruturado e o instrumento EQ-5D-3L/VAS. Do total, 34.5% não apresentaram problemas nas cinco dimensões estudadas e declararam boa saúde (VAS médio 86.5 ±13.4). Em 65.5%, observou-se problemas moderados e ou extremos nas cinco dimensões, sendo que os extremos foram relatados somente nas dimensões dor/mal-estar e ansiedade/depressão. Administravam medicamentos 76.8% dos cuidadores, 60.3% auxiliavam com vestuário, 58.7% com o banho, 58.2% com a locomoção, 31.9% alimentação e 34% com a higiene bucal.  Dos 39.18%, que relataram ter dificuldades na rotina de cuidados, 12.89% estava relacionada à locomoção do idoso; 7.73% ao banho; 3.09% à convivência com o idoso e 0.52% à administração de medicamentos. Outras dificuldades foram descritas por 14.95% dos cuidadores e agrupadas em três categorias: ‘isolamento social’ (13,80%), ‘conflitos de convivência’ (48,27%) e ‘sobrecarga física e emocional’ (37,93%). A alta prevalência de cuidadores do gênero feminino revela que o dever de cuidar ainda é, cultural e socialmente considerado como característica da mulher. A imposição dos familiares, o acúmulo de funções diversas no lar e a falta de suporte familiar e financeiro explicam a percepção de forma mais negativa do estado de saúde destas cuidadoras. A rotina de cuidados prestados aos idosos é complexa e são necessárias intervenções voltadas ao acompanhamento e capacitação destes cuidadores.
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