[Ultrasound Assessment of Ventilator-induced Diaphragmatic Dysfunction in Paediatrics]

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dionísio, Maria Teresa
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Rebelo, Armanda, Pinto, Carla, Carvalho, Leonor, Neves, José Farela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/101601
https://doi.org/10.20344/amp.10830
Resumo: Introdução: A ventilação mecânica invasiva condiciona disfunção diafragmática, atrasando a extubação e aumentando a mortalidade em adultos. Em pediatria, apesar de eventualmente mais relevante, essa disfunção não é sistematicamente avaliada. A ecografia diafragmática tem sido proposta como uma técnica não invasiva e segura para esse fim. O objetivo deste estudo foi descrever a evolução dos índices ecográficos de morfologia e função diafragmáticas em crianças ventiladas. Material e Métodos: Estudo exploratório, prospetivo. Foram incluídas crianças admitidas num Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos sob ventilação mecânica invasiva > 48 horas e realizadas medições ecográficas de espessura, excursão e fração de espessamento diafragmáticas. Resultados: Foram incluídos 17 casos. Mediana de idades: 42 meses. Eram do género masculino 10/17, tinham comorbilidades 7/17 e manifestavam desnutrição na admissão 3/17 casos. Mediana do tempo sob ventilação invasiva: sete dias. Medianas das espessuras diafragmáticas inicial e mínima: 2,3 e 1,9 mm, respetivamente, tendo-se observado uma diminuição mediana da espessura de 13% sob volume controlado regulado por pressão. Observou-se atrofia diafragmática em 14/17 casos. Verificaram-se diferenças na mediana da variação da espessura entre os grupos com e sem sépsis (0,70 vs 0,25 mm; p = 0,019). Durante a ventilação em pressão de suporte, observou-se uma tendência para aumento da espessura e excursão diafragmáticas. Ocorreu falência de extubação para fração de espessamento ≤ 35%. Discussão: Sob volume controlado regulado por pressão verificou-se tendência para diminuição da espessura diafragmática. Sob pressão de suporte, verificou-se uma tendência para o seu aumento. Estes resultados sugerem que, titulando a ventilação, podemos reduzir as alterações morfológicas diafragmáticas associadas à ventilação. Conclusão: O reconhecimento precoce de alterações diafragmáticas poderá fomentar uma abordagem dirigida, de forma a limitar a disfunção diafragmática induzida pelo ventilador e suas repercussões.
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Foram incluídas crianças admitidas num Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos sob ventilação mecânica invasiva > 48 horas e realizadas medições ecográficas de espessura, excursão e fração de espessamento diafragmáticas. Resultados: Foram incluídos 17 casos. Mediana de idades: 42 meses. Eram do género masculino 10/17, tinham comorbilidades 7/17 e manifestavam desnutrição na admissão 3/17 casos. Mediana do tempo sob ventilação invasiva: sete dias. Medianas das espessuras diafragmáticas inicial e mínima: 2,3 e 1,9 mm, respetivamente, tendo-se observado uma diminuição mediana da espessura de 13% sob volume controlado regulado por pressão. Observou-se atrofia diafragmática em 14/17 casos. Verificaram-se diferenças na mediana da variação da espessura entre os grupos com e sem sépsis (0,70 vs 0,25 mm; p = 0,019). Durante a ventilação em pressão de suporte, observou-se uma tendência para aumento da espessura e excursão diafragmáticas. Ocorreu falência de extubação para fração de espessamento ≤ 35%. Discussão: Sob volume controlado regulado por pressão verificou-se tendência para diminuição da espessura diafragmática. Sob pressão de suporte, verificou-se uma tendência para o seu aumento. Estes resultados sugerem que, titulando a ventilação, podemos reduzir as alterações morfológicas diafragmáticas associadas à ventilação. Conclusão: O reconhecimento precoce de alterações diafragmáticas poderá fomentar uma abordagem dirigida, de forma a limitar a disfunção diafragmática induzida pelo ventilador e suas repercussões.Introduction: Invasive mechanical ventilation contributes to ventilator-induced diaphragmatic dysfunction, delaying extubation and increasing mortality in adults. Despite the possibility of having a higher impact in paediatrics, this dysfunction is not routinely monitored. Diaphragm ultrasound has been proposed as a safe and non-invasive technique for this purpose. The aim of this study was to describe the evolution of diaphragmatic morphology and functional measurements by ultrasound in ventilated children. Material and Methods: Prospective exploratory study. Children admitted to Paediatric Intensive Care Unit requiring mechanical ventilation > 48 hours were included. The diaphragmatic thickness, excursion and the thickening fraction were assessed by ultrasound. Results: Seventeen cases were included, with a median age of 42 months. Ten were male, seven had comorbidities and three in seventeen had malnutrition at admission. The median time under mechanical ventilation was seven days. The median of the initial and minimum diaphragmatic thickness was 2.3 mm and 1.9 mm, respectively, with a median decrease in thickness of 13% under pressure-regulated volume control. Diaphragmatic atrophy was observed in 14/17 cases. Differences in the median thickness variation were found between patients with sepsis and without (0.70 vs 0.25 mm; p = 0.019). During pressure support ventilation there was a tendency to increase diaphragmatic thickness and excursion. Extubation failure occurred for diaphragmatic thickening fraction ≤ 35%. Discussion: Under pressure-regulated volume control there was a tendency for a decrease in diaphragmatic thickness. In the pre-extubation stage under pressure support, there was a tendency for it to increase. These results suggest that, by titrating ventilation using physiological levels of inspiratory effort, we can reduce the diaphragmatic morphological changes associated with ventilation. Conclusion: The early recognition of diaphragmatic changes may encourage a targeted approach, namely titration of ventilation, in order to reduce ventilator-induced diaphragmatic dysfunction and its clinical repercussions2019-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/101601http://hdl.handle.net/10316/101601https://doi.org/10.20344/amp.10830por1646-07580870-399XDionísio, Maria TeresaRebelo, ArmandaPinto, CarlaCarvalho, LeonorNeves, José Farelainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-02T20:48:23Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/101601Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:18:45.543145Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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