Associação entre área de secção transversa do reto femoral e excursão diafragmática com o desmame de pacientes traqueostomizados na UTI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/199008 |
Resumo: | Introdução: A massa muscular esquelética pode exercer um papel favorável à pacientes críticos permanecerem menos tempo sob ventilação mecânica (VM). A função diafragmática pode ser considerada um preditor de desmame da VM em paciente agudos. Objetivo: verificar a associação entre área de secção transversa do reto femoral (AST-RF) e excursão diafragmática (ExD) com o sucesso no desmame da VM de paciente críticos crônicos. Métodos: Estudo de coorte observacional, realizado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), entre abril/2017 e fevereiro/2018. Foram incluídos pacientes traqueostomizados após 10 dias de VM com idades entre 40 e 80 anos. AST-RF e ExD foram obtidas por ultrassom (US) nas primeiras 48 horas do implante da traqueostomia (TQT). Resultados: Foram incluídos 81 pacientes. Quarenta e cinco pacientes (55%), foram desmamados da VM. A mortalidade foi de 42% (34 casos), e 61,7% (50 casos), na UTI e hospitalar respectivamente. O grupo falha em relação ao sucesso no desmame apresentou: menor AST-RF (1,4[0,8] vs. 1,84[0,76] cm2, p=0,014), menor ExD (1,29±0,62 vs.1,62±0,51 cm; p=0,019), menor PImax (42±16 vs. 56± 28 cmH2O; p=0,004), maior SOFA (7,5[5] vs. 4[3] pontos, p<0,001), maior tempo de VM após a TQT (16,5[21] vs. 6[11,5] dias, p<0,001), maior tempo total de VM (35[23] vs. 25[12] dias, p 0,001) e maior mortalidade na UTI (33[91%] vs. 1,0[2,2%], p<0,001) e no hospital (35[97,2%] vs. 15[33%], p<0,001). Maiores chances de sucesso no desmame são observadas quando a AST-RF foi ≥1,80cm2 (OR= 3,41; IC 95%, 1,35–8,61), ou a ExD foi ≥1,25cm (OR= 3,31; IC 95%, 1,20–9,15). Conclusão: O sucesso no desmame da VM de pacientes críticos crônicos esteve associado à maiores medidas de AST-RF e ExD no início da VM por TQT. Pontos de corte de 1,80cm2 e 1,25cm para AST-RF e ExD, respectivamente, representaram 3 vezes maiores chances de sucesso no desmame. |
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Vieira, Fernando NatanielZiegler, Bruna2019-09-10T03:38:15Z2019http://hdl.handle.net/10183/199008001095292Introdução: A massa muscular esquelética pode exercer um papel favorável à pacientes críticos permanecerem menos tempo sob ventilação mecânica (VM). A função diafragmática pode ser considerada um preditor de desmame da VM em paciente agudos. Objetivo: verificar a associação entre área de secção transversa do reto femoral (AST-RF) e excursão diafragmática (ExD) com o sucesso no desmame da VM de paciente críticos crônicos. Métodos: Estudo de coorte observacional, realizado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), entre abril/2017 e fevereiro/2018. Foram incluídos pacientes traqueostomizados após 10 dias de VM com idades entre 40 e 80 anos. AST-RF e ExD foram obtidas por ultrassom (US) nas primeiras 48 horas do implante da traqueostomia (TQT). Resultados: Foram incluídos 81 pacientes. Quarenta e cinco pacientes (55%), foram desmamados da VM. A mortalidade foi de 42% (34 casos), e 61,7% (50 casos), na UTI e hospitalar respectivamente. O grupo falha em relação ao sucesso no desmame apresentou: menor AST-RF (1,4[0,8] vs. 1,84[0,76] cm2, p=0,014), menor ExD (1,29±0,62 vs.1,62±0,51 cm; p=0,019), menor PImax (42±16 vs. 56± 28 cmH2O; p=0,004), maior SOFA (7,5[5] vs. 4[3] pontos, p<0,001), maior tempo de VM após a TQT (16,5[21] vs. 6[11,5] dias, p<0,001), maior tempo total de VM (35[23] vs. 25[12] dias, p 0,001) e maior mortalidade na UTI (33[91%] vs. 1,0[2,2%], p<0,001) e no hospital (35[97,2%] vs. 15[33%], p<0,001). Maiores chances de sucesso no desmame são observadas quando a AST-RF foi ≥1,80cm2 (OR= 3,41; IC 95%, 1,35–8,61), ou a ExD foi ≥1,25cm (OR= 3,31; IC 95%, 1,20–9,15). Conclusão: O sucesso no desmame da VM de pacientes críticos crônicos esteve associado à maiores medidas de AST-RF e ExD no início da VM por TQT. Pontos de corte de 1,80cm2 e 1,25cm para AST-RF e ExD, respectivamente, representaram 3 vezes maiores chances de sucesso no desmame.Introduction: Skeletal muscle mass can exercise a favorable role in critically ill patients staying less time on mechanical ventilation (MV). The diaphragmatic function has been considered a weaning predictor of MV in acute patients. Objective: Verifying the association between rectus femoris cross-sectional area (RF-CSA) and diaphragmatic excursion (DEx) with successful weaning of the MV of critically ill patients. Methods: Observational cohort study, performed at the ICU of Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), from April/2017 to February/2018. Tracheostomized patients were included after 10 days of MV between the ages of 40 and 80 years. RF-CSA and DEx were obtained by ultrasound (US) in the first 48 hours from the tracheostomy (TCT) placement. Results: Eighty-one patients were included. Forty-five patients (55%) were weaned from the MV. Mortality was 42% (34 cases), and 61.7% (50 cases), in the ICU and hospital, respectively. The fail group in relation to success at weaning presented: lower RF-CSA (1.4[0.8] vs. 1.84[0.76] cm2, p=0.014), lower DEx(1.29±0.62 vs.1.62±0.51 cm, p=0.019), lower PImax (42±16 vs. 56± 28 cmH2O, p=0.004), higher SOFA score (7,5[5] vs. 4[3], p<0.001), longer duration of MV after TCT (16.5[21] vs. 6[11.5] days, p<0.001), longer total duration of MV (35[23] vs. 25[12] days, p=0.001) and higher ICU mortality (33[91%] vs. 1.0[2.2%], p<0.001) and hospital mortality (35[97.2%] vs. 15[33%], p<0.001). Higher odds of success at weaning were observed when RF-CSA was ≥1.80cm2 (OR = 3.41, 95% CI, 1.35-8.61), or DEx was ≥1.25cm (OR = 3.31, 95% CI, 1.20-9.15). Conclusion: Successful MV weaning in chronic critical patients was associated with higher measurements of RF-CSA and DEx at the beginning of MV by TCT. Cut-off points of 1.80cm2 and 1.25cm for AST-RF and ExD, respectively, performed 3 times more chances of success at weaning.application/pdfporRespiração artificialCuidados críticosTraqueostomiaUltrassonografiaDiafragmaTracheostomyDiaphragmMuscular atrophyVentilator weaningUltrasonographyAssociação entre área de secção transversa do reto femoral e excursão diafragmática com o desmame de pacientes traqueostomizados na UTIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências PneumológicasPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095292.pdf.txt001095292.pdf.txtExtracted Texttext/plain118727http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199008/2/001095292.pdf.txt5c3f6696a6d99ca769d1a5b747f55af3MD52ORIGINAL001095292.pdfTexto completoapplication/pdf791913http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199008/1/001095292.pdf9338ac67f0a2f9580a7d75ed5c4834aeMD5110183/1990082022-09-01 05:00:03.796296oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199008Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-01T08:00:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: A massa muscular esquelética pode exercer um papel favorável à pacientes críticos permanecerem menos tempo sob ventilação mecânica (VM). A função diafragmática pode ser considerada um preditor de desmame da VM em paciente agudos. Objetivo: verificar a associação entre área de secção transversa do reto femoral (AST-RF) e excursão diafragmática (ExD) com o sucesso no desmame da VM de paciente críticos crônicos. Métodos: Estudo de coorte observacional, realizado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), entre abril/2017 e fevereiro/2018. Foram incluídos pacientes traqueostomizados após 10 dias de VM com idades entre 40 e 80 anos. AST-RF e ExD foram obtidas por ultrassom (US) nas primeiras 48 horas do implante da traqueostomia (TQT). Resultados: Foram incluídos 81 pacientes. Quarenta e cinco pacientes (55%), foram desmamados da VM. A mortalidade foi de 42% (34 casos), e 61,7% (50 casos), na UTI e hospitalar respectivamente. O grupo falha em relação ao sucesso no desmame apresentou: menor AST-RF (1,4[0,8] vs. 1,84[0,76] cm2, p=0,014), menor ExD (1,29±0,62 vs.1,62±0,51 cm; p=0,019), menor PImax (42±16 vs. 56± 28 cmH2O; p=0,004), maior SOFA (7,5[5] vs. 4[3] pontos, p<0,001), maior tempo de VM após a TQT (16,5[21] vs. 6[11,5] dias, p<0,001), maior tempo total de VM (35[23] vs. 25[12] dias, p 0,001) e maior mortalidade na UTI (33[91%] vs. 1,0[2,2%], p<0,001) e no hospital (35[97,2%] vs. 15[33%], p<0,001). Maiores chances de sucesso no desmame são observadas quando a AST-RF foi ≥1,80cm2 (OR= 3,41; IC 95%, 1,35–8,61), ou a ExD foi ≥1,25cm (OR= 3,31; IC 95%, 1,20–9,15). Conclusão: O sucesso no desmame da VM de pacientes críticos crônicos esteve associado à maiores medidas de AST-RF e ExD no início da VM por TQT. Pontos de corte de 1,80cm2 e 1,25cm para AST-RF e ExD, respectivamente, representaram 3 vezes maiores chances de sucesso no desmame. |
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