Hospitalizações por varicela no Hospital Pediátrico de Coimbra (2000-2007)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Sofia
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Rocha, Graça, Januário, Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4323
Resumo: Introdução: A varicela é uma doença frequente na infância e muito contagiosa. Geralmente apresenta evolução benigna, embora possa cursar com complicações graves. O objectivo deste estudo foi caracterizar os internamentos devidos à varicela e suas complicações. Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos das crianças internadas, entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2007, com diagnóstico de varicela. Resultados: Foram observadas, no serviço de urgência, 3191 crianças com varicela, das quais 61 (1,9%) foram internadas. As crianças internadas tinham idade compreendida entre 24 dias e nove anos, sendo 54% do sexo masculino. Quarenta e cinco crianças foram internadas por varicela complicada, dez por febre elevada e/ou alteração do estado geral e seis pelo risco de desenvolverem varicela grave (um recém-nascido e cinco crianças com doença de base). Destas últimas 16 crianças, apenas duas desenvolveram complicações. A sobreinfecção cutânea e/ou dos tecidos moles foi a complicação mais frequente (50,9%), incluindo casos de impétigo, celulite, fasceíte e piomiosite. Seguiram-se as complicações neurológicas (sete convulsões febris, quatro cerebelites, uma encefalite e uma convulsão apirética), respiratórias (seis pneumonias), hematológicas (uma varicela hemorrágica), osteoarticulares (uma artrite) e outras (duas otites médias agudas, duas conjuntivites e uma varicela crónica). A duração média do internamento foi de quatro dias. Todas as crianças apresentaram boa evolução, excepto uma criança em depressão imunológica que desenvolveu varicela crónica. Conclusões: O número de internamentos por varicela é baixo, ao longo de oito anos. A complicação mais frequente foi a sobreinfecção cutânea ou dos tecidos moles. Com excepção de uma criança, todas tiveram boa evolução.
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