Uma observação sobre o consumo de Genéricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Maria João
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Nunes, Baltazar
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/287
Resumo: O Departamento de Epidemiologia realizou um estudo com o objectivo de avaliar a dificuldades de acesso a medicamentos devidas a restrições económicas das famílias e a utilização dos medicamentos genéricos pela população portuguesa do Continente. O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica, no quarto trimestre de 2008, a um dos elementos de 18 e mais anos, residente nas unidades de alojamento (UA) que integram a amostra de famílias ECOS. Esta amostra é aleatória e constituída por 1026 UA, com telefone fixo, estratificada por Região de Saúde do Continente, com alocação homogénea. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito: à capacidade de aquisição de medicamentos prescritos no ano 2008, ao conhecimento, atitudes e utilização de genéricos. Obtiveram-se 752 questionários válidos. Os resultados permitem concluir relativamente aos respondentes (≥18 anos): • A percentagem de respondentes com dificuldade de acesso a medicamentos prescritos por razões económicas, em 2008: 8,4%; • A percentagem de respondentes questionados, alguma vez, pelo médico sobre a capacidade económica para comprar determinado medicamento: 7,5% • A percentagem de respondentes que referiu saber o que é um medicamento genérico: 95,0%; • A percentagem de respondentes que referiu saber onde procurar informação sobre genéricos: 80,0%, dos quais 50,7% referiram utilizar a farmácia como principal fonte de informação; • A percentagem de respondentes (≥18 anos) que referiu saber o que é Sistema de Preços de Referência: 18,7%; • A percentagem de respondentes que, por iniciativa própria, procuraram junto do médico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento de marca prescrito: 29,3%; • A percentagem de respondentes que, por iniciativa própria, procuraram junto do farmacêutico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento de marca prescrito: 32,2%; • A percentagem de respondentes que não mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, independentemente do nível de poupança que teriam com a substituição: 12,1%; • A percentagem de respondentes que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, bastando para isso obter qualquer nível de poupança até 10€: 67,8%; • A percentagem de respondentes que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, só a partir de um nível de poupança de 10€ ou mais: 20,1%; • A percentagem de respondentes que referiu já ter sido medicada com genérico: 78,0%; • A percentagem de respondentes que referiu ter-lhe sida sugerida, por iniciativa do médico, a substituição de medicamento de marca por genérico: 15,1%; • A percentagem de respondentes (≥18 anos) que referiu ter-lhe sido sugerida, por iniciativa do farmacêutico, a substituição de medicamento de marca por genérico: 20,4%, destes, 79,7% seguiu a sugestão. Finalmente, não será demais realçar que os resultados apresentados não devem ser aferidos acriticamente para a população do Continente. Apesar das limitações metodológicas, espera-se que as conclusões do estudo possam ser úteis no âmbito da organização da prestação de Cuidados de Saúde.
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