Configuração antecipatória da mão no gesto do alcance - Estudo em jovens adultos prematuros e não prematuros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Ana Bastos Ribas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/17180
Resumo: As crianças pré-termo, comparativamente às crianças de termo, demonstram alterações nos componentes motores inerentes ao gesto do alcance (GA), incluindo dificuldades no seu planeamento e coordenação que se refletem numa menor velocidade de movimento, numa alteração na configuração antecipatória da mão e numa trajetória de movimento menos retilínea. De modo a perceber se estas alterações observadas na infância permanecem em idade adulta e colmatar a falta de evidência científica nesta população específica, torna-se pertinente a realização do presente estudo. Analisar as variáveis espaciotemporais na subfase de configuração antecipatória da mão durante a realização do GA em jovens adultos pré-termo e de termo, comparando o comportamento entre membro superior dominante (MSD) e não dominante (MSnD). Estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 36 participantes, com idades entre os 18 e os 25 anos, divididos em dois grupos: pré-termo (GPT) e de termo (GT). Foi aplicado o questionário Edinburgh Handedness Inventory, para avaliar d dominância do membro superior (MS) e os dados cinemáticos foram recolhidos através de um sistema de aquisição de imagem e respetivo software de análise – Qualysis Track Manager, através de marcadores refletores colocados na mão, durante o GA de uma garrafa posicionada à distância do comprimento do MS, realizado na posição de pé. Foram analisadas as variáveis: ângulo de abdução funcional do polegar, distância máxima entre polegar e indicador, tempo de abertura máxima da mão e respetiva percentagem, velocidade máxima da mão, tempo total de movimento, tempo da fase de transporte, tempo da fase de configuração antecipatória da mão, distância percorrida e variabilidade da trajetória para comparar o GPT e GT, assim como na análise de dominância intragrupo. Verificou-se, que o GPT apresentou um ângulo de abdução funcional do polegar estatisticamente superior, quer no GA realizado com MSD (p=0,000) quer com o MSnD (p=0,002) e que a abertura máxima da mão ocorreu mais tarde, quando o gesto foi realizado com MSnD, comparativamente ao GT (p=0,038). Analisando o comportamento entre membros, verificou-se que no GT, quando o GA foi efetuado com o MsnD, o ângulo de abdução funcional do polegar foi significativamente superior (p=0,013), o tempo de abertura máxima da mão ocorreu mais cedo (p=0,006), a velocidade máxima foi superior (p=0,001), o tempo total de movimento (p=0,015) e da fase de transporte foi menor (p=0,005), do que com o MsnD. No GPT, constatou-se que com MSnD o tempo de abertura máxima da mão ocorreu mais cedo (p=0,024), a velocidade máxima foi superior (p=0,022) e a distância de trajetória foi significativamente maior (p=0,033), em comparação com o GA realizado com o MSD. Os jovens adultos pré-termo apresentaram alterações na configuração antecipatória da mão, nomeadamente no ângulo de abdução funcional do polegar e no instante temporal da abertura máxima da mão, comparativamente aos seus pares de termo. O efeito da dominância parece ser menos significativo nos jovens adultos pré-termo.
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