Cinemática do membro superior no gesto de alcance - comparação entre jovens adultos pré-termo e de termo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Bruna Rafaela Ferreira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/17193
Resumo: Uma percentagem significativa de crianças pré-termo sem lesão neurológica aparente, exibe disfunções do movimento que se relacionam com um desenvolvimento neuromotor e comportamental atípico, verificando-se que os défices iniciais têm um efeito cascata no neurodesenvolvimento. Contudo, apesar da evidência de que as alterações do controlo postural (CP) se mantêm ao longo da vida da criança, não foi encontrada bibliografia que explorasse a manutenção dessas alterações até à idade adulta, especificamente entre os 18 e os 25 anos Avaliar a cinemática do membro superior (MS) e tronco, bem como o comportamento do centro de pressão (CoP) durante o gesto de alcance (GE) em pé, comparando o membro superior dominante (MSD) como o não determinante (MSnD), em jovens adultos pré-termo e de termo. Estudo observacional analítico transversal com uma amostra de 36 indivíduos, entre os 18 e os 25 anos, divididos em dois grupos: o grupo pré-termo (GPT), indivíduos com idade gestacional inferior a 37 semanas, e o grupo termo (GT), participantes com idade gestacional igual ou superior a 37 semanas. Recorreu-se ao sistema de aquisição de imagem Qualisys e respetivo software para avaliar a cinemática do MS e tronco, e utilizaram-se duas plataformas de forças para avaliar o comportamento do CoP durante o GA em pé. A tarefa consistiu em realizar o GA de uma garrafa de 0,5L, partindo com o MS ao longo do corpo, colocada no plano da omoplata, a uma altura correspondente ao ponto médio do esterno, à distância do comprimento funcional do MS. Para a análise estatística, recorreu-se ao Software de análise SPSS-Statistical Package for the Social Sciences (IBM), versão 23.0 e utilizou-se a estatística descritiva para caracterizar a amostra para analisar os dados. O GT apresentou um valor de média significativamente superior ao GPT do “ângulo final de flexão do ombro” no movimento realizado pelo MSD (p=0,041) e pelo MSnD (p=0,017); do “ângulo inicial de abdução do ombro” com o MSD (p=0,041); e uma maior “variação do ângulo de flexão do ombro”, com o MSD (p=0,014) e com o MSnD (p=0,024). O GPT apresentou uma maior “variação do ângulo de abdução do ombro” com o MSD (p=0,014) e MSnD (p=0,001) um “ângulo final de abdução do ombro” superior com o MSnD (p=0,002) e uma maior “variação da extensão do cotovelo” com o MsnD (p=0,004). Na comparação intragrupo, as principais diferenças entre membros verificaram-se no GT ao nível das variáveis espácio-temporais, de cinemática angular e de comportamento do CoP. Os resultados parecem apontar que as alterações de cinemática angular decorrentes da prematuridade se podem manter até à idade adulta (dos 18 aos 25 anos). No entanto, as conclusões não são claras no que diz às variáveis de cinemática espácio-temporal e de deslocamento do tronco e comportamento do CoP.
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