RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013 |
Resumo: | RESUMO Introdução O início da vacinação contra a Covid-19 coloca algumas questões sobre a eficácia, segurança, durabilidade da proteção e necessidade de doses de reforço. O doseamento dos anticorpos IgG anti-spike pode ajudar a responder a estas questões, assim como a diminuir o contágio entre Profissionais de Saúde e doentes, assegurando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Objetivos Avaliar o título de anticorpos IgG anti-spike em profissionais de saúde vacinados, aos três e seis meses após a vacinação completa e como variam de acordo com a idade. Metodologia Foi realizado o doseamento dos anticorpos IgG anti-spike contra o SARS-CoV2 num grupo de 923 profissionais de Saúde de uma Unidade Local de Saúde aos três e seis meses após a vacinação com a vacina COMIRNATY®. O teste serológico usado foi o imunoensaio quimioluminescente totalmente automatizado (Abbott). Procedeu-se à recolha de dados epidemiológicos, como a Idade, Sexo e Categoria Profissional e determinou-se se existiria relação entre os títulos de anticorpos e a idade. Resultados Dos 923 participantes, a maioria eram mulheres (81.4%) e a idade média foi de 45.51 anos. Obteve-se uma média de 6452.61 AU/mL aos três meses e 2011.17AU/mL aos seis meses nos títulos de anticorpos, com uma queda de 68.84% dos três para os seis meses. Dos resultados obtidos pode-se referir que os valores dos anticorpos variam com a idade: quanto maior a idade, menor o número de anticorpos produzidos, sendo que dos três para os seis meses essa associação é mais forte, ou seja, as pessoas mais idosas produzem menos anticorpos e perdem-nos intensamente ao longo do tempo. Discussão/Conclusão O doseamento de anticorpos IgG anti-spike não pode ser visto como medida única de eficácia da vacina, existe também um componente importante da imunidade humoral que ainda não sabemos ao certo a verdadeira importância. O doseamento de anticorpos pode vir a fornecer informação relevante sobre a eficácia, a necessidade de reforço vacinal, identificação de grupos de risco e contribuindo para prevenção da doença nos Profissionais de Saúde. Este estudo permite identificar que a maioria das pessoas respondeu bem à vacinação, mas que os anticorpos caiem bruscamente dos três para os seis meses. Permite ainda estabelecer uma relação, ainda que ténue, entre a idade e o título de anticorpos, reforçando a ideia de reforçar a vacinação nas pessoas mais velhas. |
id |
RCAP_0670139cb5a2478cc751a56862a7e0f9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2183-84532021000200013 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOSCovid-19VacinaImunidadeAnticorposIdadeSaúde OcupacionalRESUMO Introdução O início da vacinação contra a Covid-19 coloca algumas questões sobre a eficácia, segurança, durabilidade da proteção e necessidade de doses de reforço. O doseamento dos anticorpos IgG anti-spike pode ajudar a responder a estas questões, assim como a diminuir o contágio entre Profissionais de Saúde e doentes, assegurando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Objetivos Avaliar o título de anticorpos IgG anti-spike em profissionais de saúde vacinados, aos três e seis meses após a vacinação completa e como variam de acordo com a idade. Metodologia Foi realizado o doseamento dos anticorpos IgG anti-spike contra o SARS-CoV2 num grupo de 923 profissionais de Saúde de uma Unidade Local de Saúde aos três e seis meses após a vacinação com a vacina COMIRNATY®. O teste serológico usado foi o imunoensaio quimioluminescente totalmente automatizado (Abbott). Procedeu-se à recolha de dados epidemiológicos, como a Idade, Sexo e Categoria Profissional e determinou-se se existiria relação entre os títulos de anticorpos e a idade. Resultados Dos 923 participantes, a maioria eram mulheres (81.4%) e a idade média foi de 45.51 anos. Obteve-se uma média de 6452.61 AU/mL aos três meses e 2011.17AU/mL aos seis meses nos títulos de anticorpos, com uma queda de 68.84% dos três para os seis meses. Dos resultados obtidos pode-se referir que os valores dos anticorpos variam com a idade: quanto maior a idade, menor o número de anticorpos produzidos, sendo que dos três para os seis meses essa associação é mais forte, ou seja, as pessoas mais idosas produzem menos anticorpos e perdem-nos intensamente ao longo do tempo. Discussão/Conclusão O doseamento de anticorpos IgG anti-spike não pode ser visto como medida única de eficácia da vacina, existe também um componente importante da imunidade humoral que ainda não sabemos ao certo a verdadeira importância. O doseamento de anticorpos pode vir a fornecer informação relevante sobre a eficácia, a necessidade de reforço vacinal, identificação de grupos de risco e contribuindo para prevenção da doença nos Profissionais de Saúde. Este estudo permite identificar que a maioria das pessoas respondeu bem à vacinação, mas que os anticorpos caiem bruscamente dos três para os seis meses. Permite ainda estabelecer uma relação, ainda que ténue, entre a idade e o título de anticorpos, reforçando a ideia de reforçar a vacinação nas pessoas mais velhas.Ajeogene Serviços Médicos Lda2021-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online v.12 2021reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013Vilas Boas,JBrito,TSampaio,FBarbosa,Cinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:31:26Zoai:scielo:S2183-84532021000200013Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:34:33.643817Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
title |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
spellingShingle |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS Vilas Boas,J Covid-19 Vacina Imunidade Anticorpos Idade Saúde Ocupacional |
title_short |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
title_full |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
title_fullStr |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
title_full_unstemmed |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
title_sort |
RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS |
author |
Vilas Boas,J |
author_facet |
Vilas Boas,J Brito,T Sampaio,F Barbosa,C |
author_role |
author |
author2 |
Brito,T Sampaio,F Barbosa,C |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vilas Boas,J Brito,T Sampaio,F Barbosa,C |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Covid-19 Vacina Imunidade Anticorpos Idade Saúde Ocupacional |
topic |
Covid-19 Vacina Imunidade Anticorpos Idade Saúde Ocupacional |
description |
RESUMO Introdução O início da vacinação contra a Covid-19 coloca algumas questões sobre a eficácia, segurança, durabilidade da proteção e necessidade de doses de reforço. O doseamento dos anticorpos IgG anti-spike pode ajudar a responder a estas questões, assim como a diminuir o contágio entre Profissionais de Saúde e doentes, assegurando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Objetivos Avaliar o título de anticorpos IgG anti-spike em profissionais de saúde vacinados, aos três e seis meses após a vacinação completa e como variam de acordo com a idade. Metodologia Foi realizado o doseamento dos anticorpos IgG anti-spike contra o SARS-CoV2 num grupo de 923 profissionais de Saúde de uma Unidade Local de Saúde aos três e seis meses após a vacinação com a vacina COMIRNATY®. O teste serológico usado foi o imunoensaio quimioluminescente totalmente automatizado (Abbott). Procedeu-se à recolha de dados epidemiológicos, como a Idade, Sexo e Categoria Profissional e determinou-se se existiria relação entre os títulos de anticorpos e a idade. Resultados Dos 923 participantes, a maioria eram mulheres (81.4%) e a idade média foi de 45.51 anos. Obteve-se uma média de 6452.61 AU/mL aos três meses e 2011.17AU/mL aos seis meses nos títulos de anticorpos, com uma queda de 68.84% dos três para os seis meses. Dos resultados obtidos pode-se referir que os valores dos anticorpos variam com a idade: quanto maior a idade, menor o número de anticorpos produzidos, sendo que dos três para os seis meses essa associação é mais forte, ou seja, as pessoas mais idosas produzem menos anticorpos e perdem-nos intensamente ao longo do tempo. Discussão/Conclusão O doseamento de anticorpos IgG anti-spike não pode ser visto como medida única de eficácia da vacina, existe também um componente importante da imunidade humoral que ainda não sabemos ao certo a verdadeira importância. O doseamento de anticorpos pode vir a fornecer informação relevante sobre a eficácia, a necessidade de reforço vacinal, identificação de grupos de risco e contribuindo para prevenção da doença nos Profissionais de Saúde. Este estudo permite identificar que a maioria das pessoas respondeu bem à vacinação, mas que os anticorpos caiem bruscamente dos três para os seis meses. Permite ainda estabelecer uma relação, ainda que ténue, entre a idade e o título de anticorpos, reforçando a ideia de reforçar a vacinação nas pessoas mais velhas. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-12-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532021000200013 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Ajeogene Serviços Médicos Lda |
publisher.none.fl_str_mv |
Ajeogene Serviços Médicos Lda |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online v.12 2021 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137402004963328 |